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domingo, 11 de setembro de 2011

Ver é muito complicado




Ver é muito complicado

Como é estranho olhar ao redor e definir o que se vê. A cultura colocou normas e regras e às vezes o estranhamento que se sente ao ver diferente ate assusta.
A criança ainda vê diferente, vê com liberdade e sem se preocupar com tantos estereótipos.
No sábado sai de casa para fotografar os ipês amarelos da Praça Brasil, praça central de Rondonópolis.
No caminho me lembrei de uma coisa ocorrida há anos: uma criança desenhou uma arvore amarela. A professora pediu que se desenhasse uma casa, uma arvore e uma flor. Entregou o desenho pronto. Recebeu depois e estava escrito: lindo desenho, mas o sol é amarelo, a flor pode ser rosa vermelha e a arvore é verde. É muito triste se prender ao desenho da cartilha e não olhar ao redor. A professora talvez nem se lembre de ter visto quadros de Van Gogh ou de Tarcilla do Amaral, ou simplesmente não aceite a maneira diferente de se olhar o mundo.
Ela não precisaria ir longe, o cartão postal de Rondonópolis é o ipê amarelo em flor em frente da igreja. Mas existem ipês rosa, arvores branca, a paineira toda rosa ou as cerejeiras do Japão.
Esta criança brigou por seu direito de ter uma arvore amarela e sua mãe também. Espero que a professora tenha aberto sua mente.
As fotos do ipê estão lindas, mas para contrariar mais ainda as regras a tarde estava quente e na volta para casa comprei uma linda, saborosa e cheirosa MAÇÃ VERDE.
Eu sou do contra....

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