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quinta-feira, 21 de março de 2013

receita de vida

No fim de semana passado eu fiz varias echarpes de linha,  lindas . Ontem fiz mais uma. Ai me perguntaram : como voce acha tempo . Eu nao acho tempo. A resposta correta é sempre : eu acho tempo para o trabalho, para estudar uma nova lingua, aprender a fazer peta, fazer echarpes, ler , conversar, passear , rir muito, amar e ate para chorar...


Para reflexão: Campanha publicitária do Citibank espalhada pela cidade de São Paulo através de Outdoors:
"Crie filhos em vez de herdeiros."

"Dinheir...o só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete."

"Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela."

"Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."

"Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."

"Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"

"Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos."

"Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..."

"...e quem sabe assim você seja promovido a melhor ( amigo / pai / mãe / filho / filha / namorada / namorado / marido / esposa / irmão / irmã.. etc.) do mundo!"

"Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."

E para terminar: "Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas e não o seu preço

quarta-feira, 20 de março de 2013

O filho que eu quero ter

O Filho Que Eu Quero Ter
Composição : Vinicius de Moraes / Toquinho
É comum a gente sonhar, eu sei
Quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar
Um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar
Com o pranto a me correr
E assim, chorando, acalentar
O filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho
Dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho
De tanto amor que ele tem
De repente o vejo se transformar
Num menino igual a mim
Que vem correndo me beijar
Quando eu chegar lá de onde vim
Um menino sempre a me perguntar
Um porquê que não tem fim
Um filho a quem só queira bem
E a quem só diga que sim
Dorme, menino levado
Dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado
De tanta dor que ele tem
Quando a vida enfim me quiser levar
Pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar
No derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar
Meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar
Num acalanto de adeus
Dorme, meu pai, sem cuidado
Dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado
Com o filho que ele quer
Esta musica de Vinicius de Moraes , com musica de Toquinho é uma perola de valor inestimavel. Merece ser lida. Merece ser ouvida. Merece ser vivida.
Dane-se o LEK LEK , meu negocio é Vinicius

sexta-feira, 15 de março de 2013

Francisco

Este texto que eu recebi da minha irmã é magnifico. É um repensar da religiai , necessario em nossos dias. Uma retomada. Um retorno.

O Papa Francisco, chamado a restaurar a Igreja
14/03/2013


Nas redes sociais havia anunciado que o futuro Papa iria se chamar Francisco. E não me enganei. Por que Francisco? Porque São Francisco começou sua conversão ao ouvir o Crucifixo da capelinha de São Damião lhe dizer:”Francisco, vai e restaura a minha casa; olhe que ela está em ruinas”(S.Boaventura, Legenda Maior II,1).

Francisco tomou ao pé da letra estas palavras e reconstruíu a igrejinha da Porciúncula que existe ainda em Assis dentro de uma imensa catedral. Depois entendeu que se tratava de algo espiritual: restaurar a “Igreja que Cristo resgatara com seu sangue”(op.cit). Foi então que começou seu movimento de renovação da Igreja que era presidida pelo Papa mais poderoso da história, Inocêncio III. Começou morando com os hansenianos e de braço com um deles ia pelos caminhos pregando o evangelho em língua popular e não em latim.

É bom que se saiba que Francisco nunca foi padre mas apenas leigo. Só no final da vida, quando os Papas proibiram que os leigos pregassem, aceitou ser diácono à condição de não receber nenhuma remuneração pelo cargo.

Por que o Card. Jorge Mario Bergoglio escolheu o nome de Francisco? A meu ver foi exatamente porque se deu conta de que a Igreja, está em ruinas pela desmoralização dos vários escândalos que atingiram o que ela tinha de mais precioso: a moralidade e a credibilidade.

Francisco não é um nome. É um projeto de Igreja, pobre, simples, evangélica e destituída de todo o poder. É uma Igreja que anda pelos caminhos, junto com os últimos; que cria as primeiras comunidades de irmãos que rezam o breviário debaixo de árvores junto com os passarinhos. É uma Igreja ecológica que chama a todos os seres com a doce palavra de “irmãos e irmãs”. Francisco se mostrou obediente à Igreja dos Papas e, ao mesmo tempo, seguiu seu próprio caminho com o evangelho da pobreza na mão. Escreveu o então teólogo Joseph Ratzinger: ”O não de Francisco àquele tipo de Igreja não poderia ser mais radical, é o que chamaríamos de protesto profético”(em Zeit Jesu, Herder 1970, 269). Ele não fala, simplesmente inaugura o novo.

Creio que o Papa Francisco tem em mente uma Igreja assim, fora dos palácios e dos símbolos do poder. Mostrou-o ao aparecer em público. Normalmente os Papas e Ratizinger principalmente punham sobre os ombros a mozeta aquela capinha, cheia de brocados e ouro que só os imperadores podiam usar. O Papa Francisco veio simplesmente vestido de branco e com a cruz de bispo. Três pontos são de ressaltar em sua fala e são de grande significação simbólica.

O primeiro: disse que quer “presidir na caridade”. Isso desde a Reforma e nos melhores teólogos do ecumenismo era cobrado. O Papa não deve presidir com como um monarca absoluto, revestido de poder sagrado como o prevê o direito canônico. Segundo Jesus, deve presidir no amor e fortalecer a fé dos irmãos e irmãs.

O segundo: deu centralidade ao Povo de Deus, tão realçada pelo Vaticano II e posta de lado pelos dois Papas anteriores em favor da Hierarquia. O Papa Francisco, humildemente, pede que o Povo de Deus reze por ele e o abençoe. Somente depois, ele abençoará o Povo de Deus. Isto significa: ele está ai para servir e não par ser servido. Pede que o ajudem a construir um caminho juntos. E clama por fraternidade para toda a humanidade onde os seres humanos não se reconhecem como irmãos e irmãs mas reféns dos mecanismos da economia.

Por fim, evitou toda a espetacularização da figura do Papa. Não estendeu os braços para saudar o povo. Ficou parado, imóvel, sério e sóbrio, diria, quase assustado. Apenas se via a figura branca que olhava com carinho para a multidão. Mas irradiava paz e confiança. Usou de humor falando sem uma retórica oficialista. Como um pastor fala aos seus fiéis.

Cabe por último ressaltar que é um Papa que vem do Grande Sul, onde estão os pobres da Terra e onde vivem 60% dos católicos. Com sua experiência de pastor, com uma nova visão das coisas, a partir de baixo, poderá reformar a Cúria, descentralizar a administração e conferir um rosto novo e crível à Igreja.

Leonardo Boff é autor de São Francisco de Assis: ternura e vigor, Vozes 1999

quinta-feira, 14 de março de 2013

Sem açucar...

Quando eu viajo não gosto de programas com guia turístico. Eu respeito a profissão deles, mas eu acho chato. Horários rígidos que me impedem de conhecer alguns lugares a mais ou pessoas me frustram. Eu estava em uma cidade grande da Alemanha chamada Essen. Essen é uma cidade com um grande desenvolvimento tecnológico e possui museus desde arte e antiguidades ate museu da matemática e de tecnologias.
Eu olhei inúmeros folhetos e me decidi, não vou a nenhum deles. Eu vou andar a rota turística, de sete quilômetros, e ver o povo, comer uma torta, andar em um parque, atoando pela cidade (atoando é um termo usado pelo poeta Manoel de Barros e realmente expressa o meu desejo: atoar por Essen)
Eu sai para ver a cidade, passei por mais uma igreja, parei numa praça no centro para ouvir musica Fiquei emocionada com a ultima musica, linda.
Sai decidida a fazer a caminhada turística, andei mais de sete quilômetros, fui na Filarmônica um teatro magnífico, simples por fora e esplendoroso por dentro, pena que as fotos são proibidas. Passei em frente do Alter opera, teatro de acústica para operas e eventos. Eu me decidi, vou só passear, vou conhecer esta parte da cidade, ver as construções, as praças e quem sabe tomar um café diferente. Andei ate um entroncamento e ai resolvi voltar.
Retornando passei num bar café lindo, parecendo uma casa antiga e pedi uma torta e um cappuccino (to go que significa para viagem). Eu pedi no “meu alemão” já que o senhor que atendia não falava inglês.  Ai pedi açúcar em alemão, mit zukker, o senhor olha ao redor e por sobre o balcão, eu estou só e ele diz: neine kinder, neine zuker? (nenhuma criança nenhum açúcar), o bate boca se prolonga e ele repete duas vezes neine kinder, neine zucker, e no meu fluentíssimo alemão eu desisto de tentar argumentar, como a torta \e resolvo tomar o cappuccino sem açúcar mesmo, saio rindo, um a zero pros alemães... hahaha. A maravilha é que o cappuccino é feito com cacau, e é delicioso, e a torta de amoras é bonita de se ver e de sabor indescritível.
Após comer a torta , entrei com meu cappuccino no parque e ainda ri por boa meia hora me lembrando de que sem crianças naquele bar...nenhum açúcar...so a dulcíssima torta. Hahaha.

            Realmente quando eu conseguir voltar pretendo estar falando um pouco melhor a língua alemã e batalhar pelo meu açúcar .


Oratorio dos enforcados



ORATORIO DOS ENFORCADOS

                Na praça Barão de Penedo , Alagoas, eu vi algo inusitado em meus conhecimentos de turista. Eu vi o Oratório dos enforcados, ou oratório dos condenados.
                Ao passar na rua,  defronte a praça onde fica o canhão , com a Igreja , majestosa na parte de cima da Praça, a cadeia publica ( com grades imensamente fortes) de um lado e do outro casas e esta saleta pequena , de mais ou menos 2metros por 2 metros com um altar e um banco de igreja só para se ajoelhar.
                Eu parei na frente tentando imaginar e tirar umas fotos. Um casal tirando fotos nos disse que ali, naquele cubículo os condenados ao enforcamento, na manha da execução ai se dirigiam ,para sua ultima oração.
                Interessante mas funesto.          
                Minha sobrinha dramatizou brilhantemente a situacao



Eramos jovens na guerra

Eramos jovens na guerra

                “Eramos jovens na guerra”é um livro que acabei de ler. É uma historia bastante interessante, eu diria fascinante. Duas autoras reuniram trechos de diários ( verídicos) de adolescentes , durante o inicio e o decorrer da Segunda Guerra Mundial.
                Eu realmente passei boa parte da minha vida me esquivando de ler sobre a Segunda Guerra Mundial, sua historia , e seus bastidores. O motivo que eu me dava era a historia de meu pai , que veio da Alemanha, fugindo da Guerra, perseguido. Ele trabalhou com Juventude Cristã , em oposição  a Hitler, o que lhe custou duas prisões e a fuga para o Brasil. Há pouco mais de um ano comecei a escrever a historia da vida do meu pai e da minha mãe. Eu acabei precisando me debruçar sobre a Historia da Guerra, e também as historias das resistências, como a Catolica e outras. Precisei entender como os jovens eram  levados ao trabalho na guerra,  por ideologia ou por imposição.
                Este livro é outra visão, é a visão do adolescente na guerra. Tem judeu alemão, alemão hitlerista e militar, jovem alemã, jovem francesa, jovem polones, jovem russa. Jovem japonês  a caminho de ser militar e jovem japonesa.Tem americanos e ingleses. Elas colocaram em sequencia temporal variando os autores. Esta maneira deixou bem interessante, as historias se completam ,mas se mesclam. É impressionante ver a guerra na ótica de um adolescente!
                O relato da guerra, das batalhas coexiste com a indignação, as esperanças com as desesperanças, os problemas juvenis , o amor, o ódio e a apatia. Tive momentos de solidariedade, de raiva, de pena...todos os sentimentos se alternando.
                Em muitos momentos da leitura imaginei meu pai, adulto jovem, convivendo com jovens da resistência e jovens hitleristas. E consegui entende-lo mais um bocadinho...

Eu sou Americana

Eu sou americana

Eu de nascimento sou americana e com muito orgulho.
Eu sou sul americana , nasci no Brasil , portanto na America do Sul.
Esta é uma constatação e uma designação que precisamos ter sempre presente. E hoje temos um Papa sul americano , da Argentina.
O orgulho de ter um Papa das Americas, da nossa America do Sul  deve ser compartilhado.
Habemus Papum Francisco I
Eu sou católica, de nascimento e por opção . A minha fé transcende o simbolismo do Papa , mas espero e desejo que ele venha com solidas mudanças: alicerçando a fé , renovando os caminhos e acolhendo os necessitados.
Rezemos por seu trabalho