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terça-feira, 26 de julho de 2011

serra do mar

a imagem anterior é da serra do mar , vista pela janela do trem
SERRA DO MAR
Que viagem gostosa. Há tempos não programava uma viagem turística com guia, hora marcada e roteiro definido. Minha filha Marina, meu genro Charles e eu fomos à tarde à estação, que já é um primor, para comprar o pacote turístico. Eu sempre digo que a viagem começa na preparação, e a estação é linda com os bancos antigos, a maquete da ferrovia e fotos e estatuas muito interessante. Compramos o pacote e fomos nos preparar.
De manha bem cedo, numa manhã gelada de Curitiba, após um café da manha, vamos à estação. Ela esta lotadissima e conversamos, será que vai ser assim no trem? Embarcamos. A guia é super simpática e não grita e fala animada, mas sem exageros sobre a viagem. Sentamos e no inicio estamos saindo de Curitiba e eu como sempre me encantando com todo o trajeto e agüentando a gozação de meu genro. Saindo da cidade de Curitiba o trem vai lento, tocando o apito em cada cruzamento. Ele vai passando pela periferia e deixa a cidade, começa a área rural com pequenos sítios, vilarejos, e entremeado com arvores de araucária.
Quando chegamos à mata, ela é densa, exuberante e de um lado e do outro se vê, as araucárias, as samambaias, as bromélias e as orquídeas e o final da floração das hortênsias. Depois de uma dificuldade para abrir a janela, já com nosso lanche, começo a fotografar de um lado e do outro. Não da pra saber que lado é mais bonito. Eu fotografo e o Charles filma, e a gente sempre achando que não da para pegar tudo, olhar tudo.
Começa a descida da Serra do Mar e eu perco ate o fôlego... É lindo demais. Passamos por riachos, ponte sobre um rio e cachoeiras. Um lugar é sempre mais lindo que o anterior. Quando o trem passa em pontes e túneis aumentam a beleza e a emoção. A guia quando estamos nos aproximando dos pontos principais explica tudo. Embora estivéssemos em um dia frio, o tempo estava claro e dava pra se ver ao longe as cadeias de montanhas e o pico do Marumbi. A cada curva a paisagem que se descortinava era mais linda ainda.
O trem faz apenas uma parada, em Marumbi, mas não podemos descer. Marumbi é um santuário ecológico, tem campings e muitos se aventuram em subir o pico do Marumbi... quem sabe um dia eu me aventure...
Quando se passa pelas pontes, com este dia claro, se vê ao longe, as montanhas, os vales e ate Paranaguá.
Quando o trem passa pela Ponte São João, pelo lado esquerdo do trem a visão é maravilhosa, da pra se ver toda a região de Morretes e Paranaguá. Mas a maior emoção da viagem é no viaduto Carvalho, onde nossa guia nos diz que ali se faz um “vôo de trem”. A sensação do vôo é porque o abismo do lado esquerdo do trem e absurdamente alto.
A guia faz uma brincadeira, de que ela vai ficar do lado direito para não desequilibrar o trem, já que nos todos nos amontoamos do lado esquerdo do trem. O divertido é que uma senhora, que estava na nossa frente vai com ela. Eu ri bastante. As duas realmente equilibraram o trem. Haja força e poder!
No final da descida, já chegando à periferia de Morretes, as crianças do vilarejo gritam e acenam. Ë uma periferia de casas pequenas de madeira, parecendo muito àquelas cidades antigas do interior.
Chegamos. A cidade e pequena e foi fundada em 1721. Ela fica entre a Capital e o litoral. Ao descermos do trem, na estação de Morretes, já se percebe que a cidade é bem pequena mesmo. O clima esta ameno, não esta frio e estamos todos com muita fome. O pessoal que foi com a agencia de turismo vira à esquerda e como não gostamos de comer com tumulto vamos em frente. Achamos um restaurante, o cheiro é ótimo e tem pouca gente. Eu decido que vou experimentar barreado. Charles e Marina também, mas Marina aceita também camarão e frutos do mar (especialidade de Morretes).
Sabem o que é barreado? Eu também não sabia, é uma carne cozida com temperos durante vinte e quatro horas em uma panela de barro. Acrescida de mandioca (que se derrete) e banana e arroz. É um grude muito saboroso. E combina com uma cerveja bem gelada...
Ai vem o passeio pela cidadezinha. As margens do rio Nhundiaquara são lindas com uma ponte antiga, arvores e bancos . O rio é de pedras e muito bonito.
Caminhando às margens deste rio eu realmente me extasio. O Brasil é muito bonito, de belezas inimagináveis. Esta cidade é pitoresca , com barraquinhas para turitas, galeria de artesanato e muito sorvete. Pela primeira vez tomei sorvete de gengibre...hum...
Há palmeiras em todo canto e ruas de paralelepípedos. Há uma praça com coreto e mais flores e muitas casas antigas e preservadas.
É uma bucólica cidade do interior.

Viajando pelas letras

Viajar é uma das minha maiores paixões. A ansiedade da preparação e a espera me fazem antecipar o que vou ver ou fazer. Mas nunca, nunca mesmo o que se encontra é o que se antecipo
 Entender que a vida não é uma planilha que se faz e cumpre , e que o caminhar se faz ao caminhar é interessante. Ao planejamento se espera a realização sem desvios e a vida é , só é ,a própria vida e não um roteiro pronto a ser seguido.
Se não for possível "colocar o pé na estrada"eu sempre continuo viajando , nos livros, na net, e nos blogs.
Vamos tentar viajar junto?