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segunda-feira, 30 de julho de 2012

O PRAZER DE LER

O PRAZER DE LER Uma conversa com um dos meus genros me fez pensar longamente sobre o assunto da leitura. Eu estava mergulhada no terceiro livro da trilogia Millennium e realmente entrei dentro da historia, empolgada. Eles tinham ido ao cinema e ao me ver com um terço do livro lido, me pergunta; você pulou paginas? Não, nunca, é que é emocionante e envolvente e a trama me prendeu ai não consegui parar. Ele pondera que não é mais comum que se leia tanto e com tanto gosto. Eu concordo. Mas há leitores ainda, e ele complementa daqui a 20 ou 30 anos é que se verá o que esta geração da internet será em termos de leitura. Eu estou sofrendo por antecipação. Acho que os livros sempre deveriam fazer parte da formação do ser humano. Em alguns locais da America do Norte já se aceita que as crianças digitem e assim aprendam a escrever; não se precisa aprender a escrever a mão! Fiquei pasma! Há alguns dias assisti a entrevista de Pedro Herz dono da Livraria Cultura, que recém inaugurou mais uma mega livraria. O local se tornou ,como já o é a Livraria da Avenida Paulista, um ponto de encontro dos paulistanos. Ainda se lê bastante, pelo menos na mega São Paulo, e em faixas etareas mais próximas da minha. Ele na entrevista respondendo a uma pergunta de Salomão sobre o quanto os tablets vão interferir na leitura e nos leitores, ele diz: Não se preocupe quem não lê em livros não lerá em tablets. Eu concordo.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Turismo em Sao Paulo

Turismo em São Paulo As vezes parece que não achamos maravilhas em nossa terra. Não é verdade. São Paulo é um bom exemplo disso. Tem lugares lindos, jardins maravilhosos ( infelizmente os pixadores estragam o visual total). A Catedral da Sé é esplendorosa e a visao de Sampa pelo viaduto é linda. Não fica nada a dever a vários lugares da Europa.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

VIVA

V I V A Artigo do jornal O Estado de São Paulo... Vale a pena pensar a respeito! O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio.... você começará a perder a noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol. Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: Nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. É quando você se sente mais vivo. Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e'apagando' as experiências duplicadas. Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência). Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo. Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações, enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... ROTINA A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos. Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M& M(Mude e Marque). Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ouregistros com fotos. Aprenda uma nova língua, ou um novo instrumento Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas. Tenha filhos ou animais de estimação (eles destroem a rotina) Sempre faça festas de aniversário e para você (marcando o evento e diferenciando o dia). Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais. Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente. Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes. Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. Seja Diferente! Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos.... em outras palavras... V-I-V-A. !!! Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí. Cerque-se de amigos. Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes e que gostam de comidas diferentes. Enfim, acho que você já entendeu o recado,não é? Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida. ESCREVA em TAmaNhosdiFeRenTese em CorES difErEntEs! CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE,DOBRE,PICOTE, INVENTE,REINVENTE...

terça-feira, 24 de julho de 2012

Mertesdorf

Mertesdorf é uma pequena cidade do interior da Alemanha, no distrito de Trier Saarburg, na região chamada Renânia Palatinado, bem próxima a Trier, uma cidade bastante antiga da Alemanha. A região é montanhosa e perto do Rio Mosela. Ela fica na região sudoeste da Alemanha. O terreno é propicio ao cultivo de frutas, principalmente a maçã e a uva, e a qualidade de seu vinho é bem valorizada, o famoso vinho do Mosela. A cidade de Mertesdorf fica em uma região de morros, e neste local existem muitos aclives e declives. Eu fui conhecer esta cidade porque la nasceu meu pai, e meus avós e meus tios e tias. A minha vida toda ouvi de meu pai a historia da familia e la fui eu conhece-la ao vivo... e a cores. A imagem imaginada nos papos e a imagem vista na internet nao corresponderam ao que encontrei. A cidade é bem pequena , com 1600 habitantes. Encontrar o endereço onde meu pai nasceu e viveu foi emocionante. . Em Mertesdorf eu desci na Haupstrasse (rua principal) que é a rua em que moravam meus parentes. Não tem mais a imagem da foto que tenho porque Mertesdorf foi muito bombardeada na guerra e praticamente restaurada. Ninguém atendeu na casa. Eu resolvi andar e perguntei do cemitério , é morro acima. Como pode ter tanto morro. Subi. É uma grande caminhada . No cemitério a funcionaria me informa dos Krisam e Kronz que tem aqui , achei o tumulo de Anna Krisam, e rezei por minha tia . Achei o tumulo de Paul Kronz e ali esta o de Helena Kronz. Ela esta morta? , vA descendência Krisam do Vô Mathias morreu na geração do meu pai, sem nenhum descendente homem para perpetuar o nome. Esta linhagem tem três primos na Alemanha, de sobrenome Kronz e nós três no Brasil, de sobrenome Krisam ( só mulheres). Eu passei novamente em frente a casa onde meu pai nasceu e não consegui que atendessem a porta . Os moradores ali não são da família, as casas próximas são bastante simples, e não consigo maiores informações sobre a família. Ainda existe na cidade a mina de carvão, meu pai foi mineiro nela no final dos anos 20 , antes de ir para o seminário. Eu andei longamente pelas ruas sentindo a emoção de estar trilhando a mesma trilha que meu pai , tios ,tias e avós trilharam. Andei sentindo o cheiro de flores e maçãs , me extasiando com as cores , as casas são coloridas , com muitas arvores e flores e frutas e os jardins, quase sempre sem cercas ou muros, são muito coloridos.
Casa da Familia Mathias Krisam em Mertesdorf, Alemanha
A mesma casa na Haupstrasse111 Mertesdorf , setembro de 2009
Jardim em Mertesdorf

Em que livro voce gostaria de morar?

Gustavo Garzo, escritor espanhol, fez a seguinte pergunta: " Em que livro você gostaria de morar" ? Eu li esta frase em um blog que visito sempre que posso, o blog da Roseana Murray, escritora de livros de poesia infantis. O blog é magnífico. Ai eu pensei: em que livro eu gostaria de morar? Imediatamente me veio a mente uma estrada gelada no Kilimanjaro , subindo ate chegar ao Vale da Lua Azul, Shangri-la . Quem leu o livro Horizonte perdido, de James Hilton. E porque neste livro? Porque lá se vive com moderação e com tempo, o tempo se alonga e eu teria 100 anos a mais para ler tudo que ainda almejo, ouvir todas as musicas com tempo, tocar piano, andar a esmo e plantar flores... Teria tempo. Ai pensei de novo: e o sonho da infância de estar nos fiordes da Dinamarca, a caminho do Polo Norte , para o Castelo de gelo da Rainha da Neve do conto de Hans Christian Andersen. Este livro povoou meus sonhos de criança. Ai pensei que gostaria muito de viajar de Portugal , Espanha , passando pela Italia ate a Austria do seculo retrasado , montada em Salomão, na Viagem do Elefante de Saramago. Mas ai percebi que tenho muitos sonhos, muitos devaneios, muitos desejos e eles passam por inumeros livros, sites de viagem, depoimentos magnificos, blogs...e nada melhor que uma tarde na frente do mar, de um riacho ou umbanco de praça. Eu nao tenho um unico livro em que gostaria de morar para sempre. Eu tenho inumeros livros onde moro temporariamente. O mundo nao existe ao meu redor quando mergulho, quando entro na historia de um livro. Ë atemporal. Desde a minha infancia ler me transporta ao mundo do livro e realmente me sinto a heroina, a rainha, a princesa, a poetisa, a viajante , a caipira . Ler émais do conhecer, é poder experimentar mundos novos.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Arvore de gato

ARVORE DE GATO A infância deixa bastante marcas na memória. Nem sempre as lembranças são lineares e explicadinhas como nos livros de historia. Elas as vezes saltam aos nossos olhos, sempre que algo nos reporte àquele momento. Arvore de gato é uma destas lembranças. Sempre que passo em frente a um arbusto de folhas coloridas (cróton) eu paro e observo , sempre olho. Conversando com a Beth minha irmã, sobre nossas lembranças ela me recorda da arvore de gatos. Na nossa infância eu tive um gato preto e branco chamado Beleza e Beth tinha na mesma época uma cachorrinho pequinês , chamado Tutti, mas renomeado pela nossa mãe de Toquinho . Quem já teve ou tem um gato compreendera o jeito de um deles. Gato é um animal que adota o dono. Ele é dono do próprio nariz e faz o que quer, como quer e quando quer.O Beleza não era diferente. Ele me acordava todos os dias, subindo na minha cama, e se esfregando e miando. Se escutasse os passos e a voz de minha mãe, que o enxotava para fora de casa , ele se escondia embaixo da cama , ficando bem quietinho. Ele tomava leite enquanto tomávamos café da manhã, e nos duas íamos para a escola. O Beleza brincava com o Toquinho e ai se isolava. Ele se isolava onde? Ele se deitava todo enrodilhado, sobre um galho de um arbusto de folhas coloridas (cróton) , com as patas pendentes. Ao chegarmos da aula, sempre voltávamos juntas, papeando, ao passar o portão e descer a rampa , sempre víamos defronte a nos , em frente da área de entrada da casa , a arvore do gato, com o gato. Entravamos rindo e chamando o Beleza que balançava o rabo, para so depois descer lentamente, elegantemente e nos acompanhar. Isto tudo com o Tuti pulando ao nosso redor, se esgoelando de latir, pedindo atenção. Que ciúmes do gato! Hoje eu tenho um gato, o Ed , abreviação de seu nome Edward II, o príncipe dos gatos. Eu comprei uma amoreira e plantei em um vaso esperando que crescesse e se tornasse a arvore do meu gato. Há uma desproporção, a arvore continua pequena e o gato é um gatão , que não sobe nem em muros. Eu ainda tenho esperanças de que meu gato suba em uma arvore, nem que seja pequenininha.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Pompa e circunstancia

Ontem aguardando exames em uma UTI fiquei lendo sobre mitos. Um dos exemplos dados por Joseph Campbel de como a indumentária faz a crença foi o exemplo do juiz que de bemuda e camiseta não causariam o mesmo respeito que a beca ou o sisudo terno e a sua colocação um metro acima da platéia. Ai me lembrei de uma historia de meu pai... Em 05 de maio de 1953 saiu a tão esperada naturalização, ele alemão se tornando brasileiro e podendo trabalhar livremente e assumir concursos para cátedras na educação . Martin Krisam agora era brasileiro, com todos os seus direitos. Tornou-se brasileiro por lei, mas ele sempre foi brasileiro de coração. Quando papai foi assinar, tinha que ler um trecho da Constituição e jurar sobre ela. O juiz pediu que trouxessem um exemplar... não tinha nenhum na cidade. Pediram para buscar na cidade vizinha, também não tinha... Conclusão: o papai leu e jurou sobre um artigo da Constituição lido em um livro didático, ele e o juiz fazendo cara de sérios. Haja pompa!!!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A cançao dos homens

Eu amei esta reportagem, nos faz repensar como é importante a historia de cada "tribo", de cada sociedade.  A nossa historia nos insere no coletivo de onde fazemos parte e isto nos sustenta nos bons e maus momentos.
Respeitar nossos mitos é importante. Respeitar nossa ancestralidade e o que a nossa historia significa na nossa vida ''e seesncial. Sem isto estamos orfãos da nossa historia.

A canção dos homens
“Quando uma mulher, de certa tribo da África,
sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres
e juntas rezam e meditam até que aparece a “canção da criança”.
 Quando nasce a criança, a comunidade se junta
e lhe cantam a sua canção.
 Logo, quando a criança começa sua educação,
o povo se junta e lhe cantam sua canção.
Quando se torna adulto, a gente se junta novamente e canta.
Quando chega o momento do seu casamento a pessoa escuta a sua canção.
Finalmente, quando sua alma está para ir-se deste mundo,
a família e amigos aproximam-se e,
igual como em seu nascimento,
cantam a sua canção para acompanhá-lo na "viagem".


"Nesta tribo da África há outra ocasião na qual os homens cantam a canção.
Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime
ou um ato social aberrante, o levam até o centro do povoado
e a gente da  comunidade forma um círculo ao seu redor.
Então lhe cantam a sua canção".
"A tribo reconhece que a correção para as condutas
anti-sociais não é o castigo;
é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade.
Quando reconhecemos nossa própria canção
já não temos desejos nem necessidade de prejudicar ninguém."

"Teus amigos conhecem a "tua canção"
e a cantam quando a esqueces.
Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes ou as escuras imagens que mostras aos demais.
Eles recordam tua beleza quando te sentes feio;
tua totalidade quando estás quebrado;
tua inocência quando te sentes culpado
e teu propósito quando estás confuso.“

(Tolba Phanem)