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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um sorriso muda o dia

Receita de olhar
~~~~~~~~~~~~~~~~~
Nas primeiras horas da manhã
desamarre o olhar
deixe que se derrame
sobre todas as coisas belas
o mundo é sempre novo
e a terra dança e acorda
em acordes de sol
faça do seu olhar imensa caravela
Roseana

Hoje de manha ,meio apressada , chegando no serviço, uma criança nos seus 7/8 anos de idade responde meu oi e diz assim: pode rir, rir abre o dia!!
.................e como!!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Solidariedade

Ha muito tempo, ha mais de 3 anos, eu converso uma ou duas vezes por semana com um morador de rua que " mora" na praça em frente onde eu trabalho. Ele as vezes me pede uma comida, as vezes me pede um dinheiro e as vezes apenas que o ouça.
Varias vezes ouvi suas interessantes historias. Algumas alegres , outras profundamente tristes. Fala de amor, de ganhos e perdas , de medo, de violencia, e de esperança.Quase sempre esta muito mais alegre que eu. Quase sempre cheio de esperanças. Ele tinha por fiel amigo um cao.
Um dia seu cao foi atropelado e ele chorou por dias.
Ele esta na janela do meu carro me contando aos prantos sobre esta historia e um conhecido se aproxima para perguntar se preciso de ajuda. Eu digo: estou com um amigo. Ele se assusta e se afasta. No dia seguinte vem me dar um sermão sobre os riscos de conversar com um estranho. Respondo-lhe calmamente, voce tem visto minha mãe?, ele diz: faz alguns meses que nao a vejo. Calmamente lhe completo: ela se foi ha 3 anos. Amigos compartilham, dividem , somam e principalmente se respeitam.
Nao gostou da resposta , mas fazer o que, se preciso classificar meus amigos por posse, bens e outras coisas menores, nao vejo significado na vida. Classifico por respeito, atençao, mesmo que se passem anos longe, e principalmente pela absoluta falta de racismo. Isto herdei de meu pai .
Abro o computador e uma querida amiga me mandou esta musica , que é mais que um poema, mais que uma mensagem.
Que eu consiga nao perder a capacidade de fazer amigos. Todos da familia,filhas irmas e sobrinhas, um amor ao meu lado, amigas que sempre estao, amigos que vem e vao.
Bridge Over Troubled Water
When you're weary
Feeling small
When tears are in your eyes
I will dry them all

I'm on your side
When times get rough
And friends just can't be found
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

When you're down and out
When you're on the street
When evening falls so hard
I will comfort you

I'll take your part
When darkness comes
And pain is all around
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

Sail on Silver Girl,
Sail on by
Your time has come to shine
All your dreams are on their way

See how they shine
If you need a friend
I'm sailing right behind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind

Ponte Sobre Águas Turbulentas
Quando você tiver cansada
Se sentindo pequena
Quando houver lágrimas nos teus olhos
Eu irei enxugar todas elas

Eu estou do teu lado
Quando os tempos ficarem difíceis
E os amigos não puderem ser encontrados
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me colocar
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me colocar

Quando você estiver pra baixo
Quando você estiver na rua
Quando o anoitecer vier tão forte
Eu irei confortar você

Eu ficarei ao teu lado
Quando a escuridão chegar
E o sofrimento estiver ao redor
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me colocar
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me colocar

Navegue, Garota prateada
Navegue
Sua vez chegou, para brilhar
Todos teus sonhos estão a caminho

Veja como eles brilham
Se você precisar de um amigo
Eu estarei navegando ao teu lado
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei confortar tua mente
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei confortar tua mente


Na voz de Simon e Garfunkel é linda. NA voz de Elvis Presley é DIVINA

Beethoven

Continuando minha paixao pela musica, eu realizei ha um tempo atras um sonho muito antigo.Visitei Bonn , terra do nascimento de Beethoven.
Sem ser uma progarmacao previa,por mera coincidencia, cheguei em Bonn na semana de Beethoven. Era uma semana de eventos que homenageavam seu filho mais famoso.
Fui a praça central e encontrei estatua de bronze em frente do prédio lindíssimo do correio é imponente, e a praça é linda, chama-se Munsterplatz, a estatua data de 1845.
Ao me virar deparo com dezenas de Beethoven coloridos, sao replicas da estatua feitas em fibra de vidro e pintadas pelas escolas de musica e arte de Bonn, pelo que eu entendi parte de um concurso na semana de Beethoven. tirei lindas fotos abraçada com meu idolo.
Na mesma noite assisti uma orquestra alemã tocando a Nona Sinfonia , tonando um vinho branco. Na noite seguinte assisti a orquestra da venezuela, patrocinada pela Deutsche Welle tocando a Heroica e a seguir uma peca da America Latina . PURA EMOÇÃO.
No segundo dia visitei a casa do Beethoven.
A casa não permite fotos, só na área do jardim de entrada onde tem um busto do Beethoven. Tirei fotos, bastante fotos. O jardim do museu é lindo.
A guia nos conta que a casa existe por iniciativa de 12 famílias que se reuniram e compraram a casa, e a restauraram como ela era antes. Eles resgataram e adquiriram objetos pessoais, quadros, gravuras, partituras originais, instrumentos, violino, os dois pianos, e escritos da época em leiloes no mundo todo. Foi um grande investimento e o acervo sobre a vida e a obra de Beethoven que existe nessa casa não existe em nenhum outro lugar.
Eu conheço a biografia do Beethoven, ele é de longe meu compositor predileto, já ouvi quase toda sua obra e toco três pecas de Beethoven, mas é sempre agradável rever a sua historia. Ele nasceu nesta casa, viveu aqui sua infância, na vida adulta foi para Viena e lá faleceu, não mais retornando a Bonn. Os outros locais onde viveu não preservaram sua historia como este museu. Durante todo o planejamento para esta viagem nunca tive duvidas de que esta casa do Beethoven me motivou bastante a que Bonn fizesse parte do meu roteiro. Eu me emocionei muito durante o trajeto em todos os cômodos da casa e principalmente na sala com os dois grande pianos, seu ultimo piano, os objetos que ele usou para tentar vencer a sua surdez, e a partitura original da Nona Sinfonia de Beethoven. Ontem assisti a Nona Sinfonia na praça e me emocionei muito, hoje a emoção é ver tudo isto e principalmente a minha admiração por um homem tão profundamente amante da musica que pode compor sua Nona Sinfonia, já surdo, ouvindo apenas com o coração. Foi muito emocionante para mim andar pela casa onde Beethoven morou, quero sentir toda esta energia, tocar nos corrimões, olhar detalhes. A rota em toda a casa durou uma hora e meia e nem vi o tempo passar. Na saída tem uma lojinha de lembranças, ai meu Deus, delirei. Eu me impus um limite em cada local de compras e de lembranças; senão já sabe, tenho que voltar para o Brasil de navio dentro de um container... hahaha. Mesmo assim comprei fotos, copia da partitura de Pour Elise, que eu sei tocar, lápis e três moedas de chocolate, e também obvio mais um Cd da Nona Sinfonia.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A musica

A musica

Eu amo musica. Amo a boa musica clássica, mas amo também musica brasileira, musica antiga, cantigas, moda de viola, musica romântica e por ai a fora. Não consigo, eu já tentei ouvir, reggae. Rap e funk, mas elas agridem meu ouvido.
A musica na minha infância era duplamente estimulada, tínhamos canto orfeônico e aprendíamos a ler partituras simples, e nosso pai nos estimulava a estudar musica e ouvir musica. Eu cresci ouvindo Beethoven, Bach, Mozart, Lizt e outros, e adolesci com Beatles e Roberto Carlos Erasmo, Ronnie Von, sem abandonar meu gosto pela musica clássica.
Os tempos mudaram, a musica saiu da escola, e também na maioria das casas ela foi substituída pela atual musica “descartável”, a musica que faz sucesso rápido e é esquecida na mesma velocidade.
Tanto a musica como a arte sempre fizeram parte da historia da humanidade, e ela sempre foi à parte que ajuda a amenizar a “dureza” e “rudeza” da vida humana
Como dizia Robert Schumann: “Enviar luz à profundeza do coração humano é dever do artista”.
Este fim de semana explicando a alguém muito querido como ouvir a linha melódica de uma sinfonia, me lembrei de um texto que li alguns anos atrás e resolvi dividi-lo com vocês
“A idéia- isso é o essencial- continua sendo a mesma: arrancar os homens à vida de todos os dias, e fazer com que sintam duplamente a arte, visto que tudo quanto os tira da vida diária, os aproxima da arte e da natureza. Não há nisso nada contra a arte, nem contra a natureza; pelo contrario há contra a vida de todos os dias... A arte e a natureza são, no sentido derradeiro e mais profundo, uma coisa única: são, para o caráter humano e a estrutura social, pilares mais fortes que todos quantos os últimos séculos tentaram constituir.
A arte e a natureza vem de Deus, independentemente do que entendermos por Deus. A educação racional malogrou, não fazendo os homens felizes, nem justas as instituições, tampouco, amantes da paz as nações.
Talvez, um dia, uma nova civilização faça da arte e da natureza os fundamentos da vida, e a musica falara, então, a sua língua forte e pura a todos os homens, aproximando estreitamente os vários povos e fazendo com que os corações se compreendam
Podemos chegar ate lá! Basta-nos apenas começar. Comecemos, pois com as crianças! E uma humanidade muito feliz há de nos agradecer um dia.
Kurt Pahlen, 1963

domingo, 27 de novembro de 2011

ODE A BATATA

ODE A BATATA

Esta semana meditei bastante sobre a minha dieta. Fui tentar iniciar uma dieta (só para perder 5 quilos) por pura vaidade. Eu como bem, muita comida natural, muita fruta, pouca carne. Vinho e cerveja de vez em quando. Eu como pouco doce. Mas como batata quase todos os dias e manteiga no pão. Embora seja uma dieta saudável não consigo alterá-la pra perder peso.
A especialista me desfila uma dieta não muito difícil de ser feita, mas o jantar... veja bem no jantar nada de carboidratos. Como? Entrei em pânico, embora medica me deu um branco, de que é que ela esta falando?
O papel esta bem claro, o carboidrato tem que ser drasticamente diminuído.
Se viver saudável implicar em uma disciplina que me faça infeliz, não vou querer. Comer é um prazer ao qual dedico um bom tempo da minha vida. Adoro comer e comer bem. Adoro cozinhar e o faço por prazer. A idade me fez aumentar fibras, experimentar e gostar de qnoa, amaranto, aveia e leite desnatado. Não consegui comer margarina, gosto e não abro mão da manteiga, da batata frita às vezes, do bolo de batata, do purê de batatas e do pão de batata... ah e da sopa de batata com costelinha defumada e umas coisitas mais.
Sou meio brasileira e meio alemã, o que me fez aprender a gostar de fazer o pão, porco frito, virado de feijão e cambuquira no feijão. Dos alemães herdei o gosto pela batata, o que fazer?
Ainda amo tudo isto e não consigo chamar a batata, a minha amada batata de carboidrato.
Ana Helena
“Beleza é mais uma questão de se sentir do que outra coisa. A beleza é muito mais o bem estar do ser humano do que qualquer outra coisa... e Ivo Pitanguy, renomado cirurgião plástico autor destas frases em uma entrevista a revista Lola completa, respondendo por que nunca achou ate agora a necessidade de uma plástica: Eu me tolero... me tolerar é a melhor plástica, ter o ego condescendente, que esta de acordo com a sua imagem...”
Eu me olhei de novo no espelho e frente à mera possibilidade de me livrar do carbo, ops da batata, meu condescendente ego concluiu que estou saudável, linda e muito bem.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Força e resistencia

Esta é uma fábula tradicional: Um carvalho robusto e orgulhoso fazia pouco caso dos fracos bambus da beira dágua. "Qualquer pequena brisa dobra vocês e lhes faz abaixar a cabeça. Vejam que isso mal balança minhas folhas." Os bambus não se importavam com a comparação e sabiam que sua natureza lhes dava a flexibilidade para compensar a fragilidade das varas. O tempo muda a cada estação. A cada ano as nuvens das tempestades iam ficando mais pesadas. O carvalho altaneiro continuava a desprezar os bambus e a exibir-se vitorioso. Porém um dia o vento feroz soprou muito mais. Os bambus dobraram seus troncos e quase deitaram no chão diante de tanta fúria da natureza. O carvalho lutou. Durante um bom tempo só perdeu alguns galhos arrancados pela violência da tempestade. Até que um vagalhão mais forte lhe torceu o corpo todo e arrancou pela raiz, jogando-o aos pés dos bambus. O mais forte jazia ali derrotado só uma vez, mas para sempre. Conclui o fabulista - O fraco é forte porque se torna flexível, mas, o que se julga forte só o é até o momento em que a força contrária ultrapasse sua resistência. Frente às adversidades, seja como os bambus que dobram sua fronte ao destino e retornam a sua posição quando passa a tormenta.

A vida é cheia de imprevistos, alguns bons outros nao, momentos felizes e momentos de angustia e sofrimento. Dobrar-se nao é sinal de fraqueza mas sim sinal de capacidade de adaptacao, de força interior que permite parar, pensar e superar.
"Valorize suas limitações e pôr certo não se livrara delas " Richard Bach

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Valores

VALORES

Que valor tem a minha vida? Que valor eu dou a minha vida?
Eu me perguntei isto ontem pensando na morte de uma amiga. Ela se foi após um longo tempo de doença. E em inúmeras vezes sentei-me ao seu lado, apenas para conversar. Mas eu sempre sofri ao ouvi-la: faltava-lhe aquela chama de vida que nos impele para frente e para cima.
Ela era uma mulher muito bonita, já avó, mas os anos lhe deram uma beleza especial. Ela sempre se vestiu com elegância, uma clássica elegância e sempre a via com uma discreta e bonita maquiagem e lindas jóias. As únicas coisas que faltavam eram o brilho no olhar e o sorriso no rosto.
Em alguns momentos tive vontade de sacudi-la, chamá-la a olhar a vida, a viver, a sorrir. Mas isso não se implanta em ninguém, ou se tem ou não se tem.
Ontem parei em frente de um quadro que eu ganhei dela. Ele esta no armário e não consigo colocá-lo na parede. Eu parei em frente para pensar o porquê de não conseguir. Ela pintava muitas flores, e são flores que eu gosto lírios e hortencias, mas realmente ela retratou natureza morta. Não há aquele brilho na cor, não há vida. É um quadro pálido. Flores de rosa pálido, azul clarinho e branco sobre um fundo beginho bem claro como se estivesse desbotado. Ë um quadro sem cor. Pálido como a vida da pintora.
A situação toda me lembrou um poema de Manoel de Barros
“Aprendo com abelhas mais do que com aeroplanos
É um olhar para baixo que eu nasci tendo.
È um olhar para o ser menor, para o
insignificante que eu criei tendo.
O ser que na sociedade é chutado como uma
barata - cresce de importância para o meu
olho.
Ainda não entendi por que herdei esse olhar
para baixo.
Sempre imagino que venha de ancestralidades
machucadas.
Fui criado no mato e aprendi a gostar das
coisinhas do chão -
antes que das coisas celestiais.
Pessoas parecidas de abandono me comovem:
tanto quanto as soberbas coisas ínfimas”.



Em muitas situações na minha vida me deparei com algumas pessoas ou fatos que sempre me fazem repensar meus valores. Eu sempre me fortaleço e reaprendo a valorizar o que tenho, com quem convivo, o que sonho e percebo mais uma vez como amo a vida.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

As mudanças sao possiveis

Este final de semana reli os seminarios (traduzidos) que o Dalai Lama proferiu em Curitiba em 1999

Todos somos iguais, quanto ao potencial, desejos etc. Portanto, todos queremos o mesmo: uma vida feliz, uma família feliz, uma sociedade feliz. A humanidade pode mudar positivamente através desse desejo, através do indivíduo que cultiva esse desejo. É uma mudança longa, mas é a única forma de mudança possível.
No início deste século, muitas ideologias nasceram e no entanto já morreram. O conceito de paz, de solidariedade se tornou mais forte ao longo deste século. O espírito de não violência, de solidariedade e negociação também cresceu. Vejam o exemplo da África do Sul!
Também cresceram os sinais de espiritualidade. No início do século, as pessoas apenas se abrigavam em uma crença religiosa. Agora, neste final de século, com a incorporação de hábitos e métodos da ciência, as pessoas aprenderam a observar, analisar. Ciência e religião se aproximaram. Um exemplo: a física quântica tem várias similaridades com os conceitos budistas.
Também o poder de destruição do homem hoje é muito grande, e isso faz crescer o desejo de paz. Antes da Segunda Guerra, quando as nações declaravam guerra e se mobilizavam, chamando a população para se alistar, não havia questionamentos. Já no Vietnã e a partir de então não há esse comportamento. Muitos se opõem às guerras.
Do ponto de vista da ecologia, no início deste século não se conhecia nada sobre ecologia. A preocupação com o meio ambiente era algo reservado a especialistas. Agora, a consciência ecológica cresceu muito.
O mesmo aconteceu com os conceitos de direitos humanos e auto-determinação das nações, que atualmente gozam de aceitação universal.
Todas essas mudanças são indicações positivas que nos levam a crer que o próximo século será melhor, mais pacífico. Isso também significa que teremos que pensar mais holisticamente e nos esforçarmos mais.

O texto na integra é uma perola sobre o relacionamento humano, a esperança, o controle da raiva, o amor e a compaixao.Nos ja estamos em 2011 e as mudanças estao se dando lentamente. Eu realmente gostaria de ver nossas crianças educadas nestes principios.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

o segredo da felicidade

O segredo da felicidade



Conta uma antiga historia grega, que os deuses tinham muito medo de que o ser humano fosse perfeito, pois se assim fosse não precisaria mais deles. Decidiram se reunir para saber o que fazer.

O mais sábio dos deuses disse: “Vamos dar ao homem tudo que pudermos menos o segredo da felicidade”. “Mas se os humanos são tão inteligentes, vão acabar descobrindo esse segredo também!”, disseram os outros deuses em coro. “Não, isso não vai acontecer”, disse o sábio –“vamos esconder a felicidade deles num lugar onde eles nunca vão achar -- dentro deles mesmos”.
É preciso que você saiba encontrá-la. Tem um ditado oriental que diz: “Se você quer saber como foi passado, olhe para quem você é hoje. Se quiser saber como vai ser seu futuro, olhe para o que você esta fazendo hoje”.


Felicidade so se encontra dentro do coração

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Escrevo e pronto

A vida é muito engraçada. Conviver nao é uma coisa facil de se fazer. Se eu gosto de cantar, tenho que ser a , a cantora e me dedicar, se gosto de ler , tenho que vencer maratonas de leituras, se gosto de viajar tenho que ser a, a , a viajada e se gosto de escrever tenho que produzir best sellers...
Ainda acho que posso gostar de tudo um pouco, so mais ou menos e viver bem.
Posso mudar de ideia tambem e gostar muito de uma coisa ou outra...
Escrevo e pronto. Não precisa ter um porquê... e nao estou sozinha.

Razão de ser

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece.
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Paulo Leminski

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Olhares...o direito à diferenca

O nosso corpo é sempre um corpo insatisfeito?

As relações que temos com o nosso corpo podem condicionar a nossa auto-estima e a maneira como encaramos a vida.
Atualmente existe um ideal estético que é imposto como padrão, que boa parte das mulheres procura atingirem. É como se todas tivessem que ser parecidas, magras, altas, de cabelos lisos ou alisadas. Quase não há direito a diferença.
O que gera este comportamento? A verdade é que ninguém vive sem ninguém e nós sempre precisamos do olhar do outro. Em uma sociedade que privilegia o prazer imediato, a perfeição do corpo torna-se uma exigência. Então qualquer corpo que se apresente , mesmo que muito bonito embora não totalmente dentro dos padrões estéticos, será sempre um corpo insatisfeito, que reclama ser admirado, reconhecido, amado.
Quando esta sensação leva a sofrimento psíquico, isto afeta a pessoa em sua relação com o mundo, em seu trabalho, socialmente e afetivamente.
É saudável que a mulher se preocupe com o aspecto físico. Mas é necessário harmonia neste cuidado com o corpo, e com a estética.
O essencial é que exista um equilíbrio entre o valor que a pessoa atribui a si próprio e o ficar demasiado dependente do olhar do outro.
Com esta insatisfação fica difícil planejar uma reeducação alimentar e atividade física e atitudes corretas de melhora de vida. Fica mais fácil remédios, dietas rápidas ou correções estéticas não planejadas. Nada contra correções em que se pensa, se programa e se prepara. O incorreto são decisões por oba-oba, vou porque todas vão. Ai nenhuma alteração neste corpo vai preencher a insatisfação e a pessoa sempre necessitara de novas buscas, de novas e radicais modificações .
Este últimos meses me fizeram repensar todo este comportamento de busca da perfeição. Em dois momentos fiquei estupefata.
No primeiro vem a mim uma mãe e pergunta se pode fazer escova definitiva e mechas na filha. A filha é morena clara como a mãe de cabelos levemente ondulados nas pontas e escuro. A mãe tem cabelos alourados por mechas e extremamente lisos. Pergunto : quem quer você ou ela? A mãe se enrola e notei que ela é que quer e finaliza : eu sempre quis , ou melhor e foi se dizendo e contradizendo. Orientei mas acho que vai fazer mesmo assim, toda esta mudança numa criança de 06 anos de idade. Nesta tenra idade já transformada em insatisfeita!
No segundo vem uma mãe , em seu segundo filho, amamentou o primeiro ate 01 ano de idade e neste vem para orientação de desmame, com apenas 05 meses de vida. Porque? Ë simples, me diz, quero o mais rápido possível restabelecer minha auto estima colocando próteses mamarias de silicone e fazendo mais uma lipo.
Duas situações diferente e semelhantes.... e imensamente tristes
Ana Helena

vai aqui um texto que merece ser lido, relido e repensado
Olhares

O direito à diferença

Ouvi de relance.
Duas empregadas numa grande superfície comercial conversavam sobre dietas.
Eram duas jovens na casa dos vinte anos, e falavam com todo o à-vontade de anorexia, dietas favoritas, o numero de quilos que fulana tinha perdido, e de sicrana, coitada, que não conseguia emagrecer por mais voltas que desse.
Via-se que já tinham consumido vários quilos de revistas, que havia por ali muitos olhares angustiados à balança, muitos desesperos nas salas de prova a tentar enfiar umas calças com um numero politicamente correto.
Eram duas jovens sem excesso de peso, com corpo feminino, completamente mediterrânico, diferente dos estranhos corpos extraterrestres das top models. Via-se, sentia-se perfeitamente que as duas jovens não gostavam do corpo que tinham.
Na seção de legumes, ouvi de relance. Dois clientes olhavam para os pepinos expostos. Comentavam que os pepinos curvos já não eram aceites, devido às normas de estandardização da União Européia.
Olhei os pobres legumes, hirtos e cumpridores. De fato, só havia ali pepinos corretos, sem esquisitices, sem exotismos chocantes. Que os pepinos não pensassem que podiam crescer no fofo de uma horta, como lhes aprouvesse, numa luxuria de curvas. Qualquer pepino que não seja fálico e obediente esta destinado ao mais profundo desprezo de uma feira de província.
As maçãs são militarmente iguais. Os tomates. Tudo o que sai fora das normas de tamanho e aparência é implacavelmente rejeitado, posto de lado por ser impróprio para consumo.
Vivemos no delírio da norma absoluta no que toca a aparência. Temos que ser todos iguais com o mesmo peso, o mesmo formato, a mesma sedução. Todos loiros de olhos azuis, de preferência. Detestando o nosso corpo, que existe parolamente, atropelando as medidas de busto, cintura, anca. Ou barriga- ai a barriga.
Toda a indústria ligada à moda, à imagem, às revistas femininas vive disso, incentiva isso, castiga quem não esta conforme as regras do jogo. As adolescentes afligem-se quando o corpo cresce de acordo com as hormonas, as mulheres convivem mal com a sua forma natural, não tem orgulho em si ou na sua individualidade como corpos únicos.
Torturam-se com dietas ou com intenções de dietas. Querem emagrecer magicamente, ou transforma-se magicamente naquilo que não são.
As series de Hollywood, claro, mostram-nos mulheres todas iguais, É difícil lembrar uma cara, uma expressão de olhar, uma mímica com significado. As emoções também se transformaram em plástico , fácil de moldar e reproduzir aos milhares.
A questão esta nesta lógica de consumo, que implica um produto, uma publicidade , e portanto uma norma sobre di que é desejável. OS produtos tem de ser iguais , logo a apetência tem de ser igual. Sejam pepinos, ameixas, carros , vestidos ou seres humanos.
A arte continua a ser apreciada como manifestação e algo unico. Mas esse mundo tem as suas regras próprias: há uma descontinuidade total com o dia a dia. Nenhum de nos pode ser único, diferente, moreno, curvo, expressivo, inigualável.
Mas digam-me por favor, já que a coisa se deu de um modo tão gradual: como, mas como é que nos transformamos em pepinos?

Dra Isabel Cristina Pires – Psiquiatra e sexologista- Portugal

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A banana

As historias de meu pai sempre foram interessantes e às vezes ate engraçadas. Uma delas é sobre a banana. Na época do Natal, na Alemanha , na década de 1920, a tia dele conseguiu uma banana, linda, exótica, nunca antes vista ou provada, cheirosa... (lembre-se de que naquela época, sem tanta velocidade, sem importações por avião, tudo chegava por navio, sem internet...) Ela levou a banana para a casa do nosso pai. Eles reuniram a família e a banana foi cortada em finíssimas fatias, e elas foram distribuídas para que todos experimentassem. Foi uma iguaria, diferente, especial. O sabor desta fruta exótica, tropical sempre foi lembrado na família.
O sabor desta fatia de banana atravessou o tempo e sempre foi lembrada na fartura de cachos inteiros, aqui no Brasil.
Quando eu visitei a Alemanha, em Trier, região onde meu pai estudou (a família morava em Mertesdorf, perto de Trier) eu optei em ficar em um hotel antigo, tradicional. O café da manha, chamado de pequeno almoço (Fruhstuck), era maravilhoso.
Imagine uma pequena sala de mesas de madeira e toalhas impecáveis, louça branca. E tinha um Buffet de mais de 10 tipos de pães e roscas, iogurtes, cereais e sementes, geléias e doces. Vários tipos de queijos e frios e conservas. Um enorme bule de café e leite na mesa. E tinha também frutas, maçãs, uvas (estava na região dos vinhedos do Mosela), amoras e framboesas e 3 tipos de ameixa, e uma, só uma banana.
Eu como sempre puxei conversa com o alemão que se sentou na minha mesa (nos pequenos hotéis se senta onde tem lugar) e embora ele risse bastante da minha pronuncia, conseguimos nos entender (eu sempre ficava com o dicionário). Quando fomos os servir das frutas, peguei varias, ele também e num outro pratinho ele colocou a banana e trouxe à mesa. Ele me diz: dieser frucht namens banane und ist kostlich. Ich lasse sie versuchen... (com dificuldades traduzi : esta fruta chama-se banana e gostosa . É deliciosa. Eu agradeci mas expliquei que banana no Brasil tem em todo lugar e ai contei a historia do meu pai (em inglês que é mais fácil pra mim). Rimos bastante , mas ele comeu com prazer a banana.
Muitos anos se passaram de 1920 a 2010, mas banana continua a ser valorizada na Alemanha, e agora tenho uma historia de banana também, meu pai.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Saudades do tempo em que se tinha tempo...

Eu recebi este texto de uma grande amiga, que como eu , também tem saudades das coisas boas do passado. Saudades do tempo em que se tinha tempo.

SAUDADE…
José Antônio Oliveira de Resende
(Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei)

Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.
Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.
– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre… Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro… casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas – e dizia:
– Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.
Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite… tudo sobre a mesa.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança… Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam…. era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade…
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, t ambém ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos… até que sumissem no horizonte da noite.
O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail… Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
– Vamos marcar uma saída!… – ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.
Casas trancadas.. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite….
Que saudade do compadre e da comadre!


Não deixe de fazer algo que gosta, devido á falta de tempo, pois a única falta que terá será esse tempo que, infelizmente, não voltará mais.
MÁRIO QUINTANA

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A França é um sonho...

A França é sonho antigo...
Eu sempre brinco que se ganhar na loteria , vou pensar o que fazer sentada em frente ao Rio Sena tomando uma taça de vinho branco. Não visitei como gostaria a França, embora estivesse na Alemanha e em um dos dias visitei Metz, que era perto indo de trem.
Na minha próxima ida tenciono saber pelo menos um pouco de Frances, já que os franceses não são muito educados com turísticas e se negam a responder em inglês.
Eu achei a cidade linda, não tão limpa quanto as cidades alemãs , mas muito linda.
Tres coisas eu amei, a Catedral de Santa Ethienne, que foi a igreja mais bonita em arquitetura que já tinha visto. Ela é imponente. A entrada é margeada de inúmeras, centenas de estatuas que compõem o arco da porta. Dentro é magnífica. Tem um altar que é de perder o fôlego, merece meia hora sentada em frente, e eu fiquei. Entrei no subsolo e ele é estranho, úmido, frio. Nas paredes existem argolas de ferros e barras com argolas que também existem no chão e colunas com argolas, lembrou-me cenas da Inquisição e eu não me senti bem ali. A sensação de morte foi tão grande que sai de lá rapidinho. A nave central e os vitrais superam qualquer outra igreja que eu já tenha visto.
A segunda beleza são os jardins e as flores. Em uma das praças o símbolo do exercito é feita com flores na encosta do jardim, e dá um efeito muito bonito. E passei por uma praça com uma fonte linda, de flores simples mas muito colorida .
A terceira beleza é a visão das margens do Rio Mosela, com as construções ocorrem em suas margens e algumas contiguas ao rio , como em Veneza, mas o rio não é tão limpo como os rios da Alemanha. Independente da limpeza a imagem é muito bonita e tirei lindas fotos... Estou aumentando meus sonhos a realizar, vou conhecer mais da França , Paris, o interior e ainda vou conhecer Veneza um dia.