Na pequenez do meu mundinho
“Ter a certeza dos meus privilégios como ser humano em
comparação a outros indivíduos que em nada diferem de mim, dói muito”. Dói
porque me sinto impotente, e, pior, porque não consigo entender a discriminação
nem a falta de igualdade.
Dói constatar que, para muitos, há vidas mais valiosas que
outras” Glenda Andrade
Eu tenho me sentido triste com muitas postagens das redes
sociais. Eu não gosto de diferenças e
classificações do ser humano. Eu não gosto de radicalismo. Eu não gosto de
racismo.
Eu respeito a vida.
Eu respeito a minha vida, a vida das minhas filhas , a vida dos
meus genros, a vida dos meus amigos. Mas o respeito a vida tem que ser ampliado
a todo ser humano.....dificil, né?
Eu sou católica, devota de Nossa Senhora, mas respeito os evangélicos,
os budistas, os espiritas , os umbandistas , os ateus...
Eu sou filha de um imigrante e me choca ver tanto sofrimento
de novo no mundo. Eu respeito os imigrantes, nem sempre é desejo deles
abandonar a pátria mãe e a família.
Eu estou na terceira idade , embora tenha muitos direitos, não
os exijo se interferir no direito do outro, das crianças, jovens adultos e
idosos como eu...
Eu tenho amigos , médicos como eu , mas tenho amigos
professores, policiais, funcionários, balconistas, donas de casa, aposentadas, tenho
amigos em todas as profissoes mas não os distingo pela profissão. Recentemente
perdi um amigo, bom papo, morador de rua. Ele era culto, viajado e com bens ,
mas um reves na vida o levou a deixar tudo para tras e morar na rua.
Eu fiz minhas escolhas , mas respeito as escolhas de todos. Respeito
a opção sexual de cada um. Respeito a opção politica de cada um. Respeito a
opção profissional de cada um.
Eu respeito os animais, os meus, os dos vizinhos e os de
rua.
Não sou perfeita, mas faço uma auto critica constante e
aceito as criticas que me somam conhecimento e capacidade de correção. Mas eu não
sou racista porque não compartilho sobre pressão: “se não é racista compartilha”.
Eu também não vou” rezar” por digitar amem ou curtir.
Nas redes sociais coloca-se de livre e espontânea vontade
tudo, o que quiser.
O respeito é de cada um.