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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O dia em que tomei vinagre

O DIA EM QUE TOMEI VINAGRE!
Estou andando a esmo e no centro de Essen, Alemanha, achei um restaurante alemão fora da área de compras, restaurante pequeno agradável e o cheiro da comida é maravilhoso. Há um quadro ao lado da porta em alemão e em inglês: Executive fast food. Ah! Que maravilha vou poder escolher com calma em inglês, que eu falo razoavelmente bem.
Eu entrei e no restaurante ninguém fala inglês, ele esta iluminado com luz de velas nas mesas, tocando uma musica suave . O cardápio esta só em alemão. O restaurante é tradicional, antigo, de moveis de madeira e com flores e velas nas mesas. Como esta chovendo forte decidi me arriscar e traduzir o cardápio . Após uma empreitada de quase meia hora, decidi almoçar aqui mesmo. Eu pedi bisteca frita com molho de champignon com batatas fritas, uma cerveja e depois um suco de laranja. Estava tudo muito bom, ufa acertei. Fast food de alemão , uma hora e meia de almoço. Eu peço a conta, é muito barato, e ao trazer a conta, a garçonete junto com a conta me traz em uma bandeja linda, e em um cálice lindíssimo um licor escuro, amei. Eu bebi de um só gole, era acetato, vinagre adocicado. Qual é a dela? Não entendi nada. Tambem como eu não tenho um alemão fluente, nem me atrevi a tentar entender porque tomei vinagre.
Eu sai andando, é uma região de lojas pequenas muito agradável, encontrei uma loja que vende acetatos e óleos, a loja é linda e interessante . Na loja tem pequenos barris de acetato com torneirinha e também toneizinhos de óleos variados. Os tonéis são de vidro . Eu achei estranho e entrei. A dona fala inglês e me explica que nesta região os mais antigos ( acho que já tenho cara de antiga ,hahaha) bebem uma colher de acetato de frutas após alimentos gordurosos, para a digestão , sempre após as refeições .O acetato é mais de frutas como cerejas ,e framboesas , daí o sabor adocicado.
Ufa, pensei comigo, não é loucura, é costume. Perdoei o restaurante. Hahaha.
Essen é a perfeita mistura do antigo com o moderno na mesma praça

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Estou em clima natalino e esta torta alem de linda ficou saborosissima. Este nao é um blog de receitas , mas esta merece fazer parte do NATAL

Torta de Cerejas Frescas


Massa:
1 xícara de farinha de trigo;
100g de manteiga derretida;
1 ovo;e 1 gema
1/2 xícara de açúcar;
1 e 1/2 colheres de sopa de fermento em pó;
1 colher de chá de extrato de baunilha;
Amassar bem e deixar na geladeira por 30 minutos


Ingredientes do recheio:
2/3 de xícara de açúcar granulado;
Raspas de 1 limão, mais o suco de metade dele;
4 xícaras de cerejas frescas, descaroçadas.

Preparo:
Misture o açúcar, as raspas e o suco de limão. Coloque as cerejas em uma tigela média e adicione a mistura, mexendo gentilmente até as cerejas ficarem cobertas.
Abra metade da massa, com um rolo, e forre o fundo e as laterais de uma fôrma para tortas de 23cm de diâmetro. Reserve na geladeira por uns 10 minutos.
Retire a fôrma da geladeira, recheie com as cerejas e cubra com o trançado:
Abra a outra metade da massa e corte fatias de 2cm de largura e comprimento suficiente para atravessar a torta de lado a lado. Serão 10 tiras: 5 em cada sentido. Coloque primeiro 5 no mesmo sentido e depois vá trançando as outras, uma de cada vez – ora por baixo, ora por cima. Aperte bem nas laterais.
Leve ao forno preaquecido a 200 graus por 20 minutos. Abaixe o forno para 180 graus e continue assando por mais 40 minutos, até o recheio borbulhar e a massa ficar bem dourada. Deixe esfriar por 1 hora.
Sirva morna ou em temperatura ambiente.

Mana , no nordeste se nao achar cerejas faça com morangos ou com pessegos que tambem da certo

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Linda mensagem

Eu recebi esta mensagem em um email da minha irmã e a mensagem reflete bem meu pensamento sobre o mundo de hoje (embora a mensagem seja de 1946) .
Algumas vezes lendo algum artigo ou livro mais antigo, vejo que algumas coisas sao visionarias, servem para o hoje e servirao para o amanhã.
Num mundo em que TER é melhor e mais importante que SER, repensar esta mensagem é importante.


Meditação no presépio
Cecília Meireles

Quando São Francisco de Assis inventou o primeiro presépio, e falou das coisas do céu numa gruta, dizem que, ao ajoelhar-se, desceu-lhe aos braços estendidos um Menino todo de luz. O Santo Poeta colocara ali apenas umas poucas imagens: as da Sagrada Família, a do irmão jumento e a do irmão boi. O áspero cenário de pedra tinha a nudez franca da pobreza, a rispidez dos desertos do mundo, o recorte bravio dos lugares de sofrimento. Aí, o Menino de luz pode descer, porque ele vinha para ensinar caminhos difíceis, e restituir às coisas naturais da terra o sentido da sua presença na ordem universal.

O amor humano é um perigoso jogo. Por amor, os homens foram construindo presépios ao longo do mundo, e já não lhes bastava a pedra desguarnecida: queriam recobri-la do ornamento da sua devoção. Trouxeram folhagens e flores, dispuseram frutos e pássaros, desceram o céu, num pálio de seda azul, colheram as estrelas, dos ramos que se alongam na noite. Caçaram a lua, no meio da sua viagem, e pescaram o sol, redondo peixe de nadadeiras flamejantes.

Não lhes bastaram, porém, ainda, esse convite e essa conquista, no reino dos adornos da natureza. Convocaram os habitantes do mundo para uma adoração geral. Trouxeram os pastores, que deviam ser os vizinhos mais próximos da feliz manjedoura; trouxeram os lavradores e os artífices, de acordo com as imaginárias relações da família do recém-nascido.

Mas era preciso não esquecer os Profetas, anunciadores do acontecimento, e das ruas da Bíblia os fizeram descer com suas barbas, seus cajados, suas visões e ainda cheios de voz.

Os Reis vieram por si, de olhos postos na Estrela; e como os Reis traziam os camelos; e os pastores, carneiros, também os Profetas arrastaram leões, e cabras sem defeito — e depois, em muita confusão, toda besta que remói, umas de unha fendida, outras não; e até os animais que caminham sobre o peito e os que têm muitos pés e ainda assim se arrastam pelo chão.

E, puxados uns pelos outros, vieram o cavalo e a mula, o cão e o elefante, o macaco, a hiena, o chacal e o leopardo, e o imundo crocodilo, com a cordilheira dos seus dentes, e a lagosta abominável, sem escama nem barbatana.

Foi talvez a lagosta que açulou os apetites, e os nobres italianos, com aquela pompa que o Renascimento lhes incutiu, trouxeram para os presépios a escamosa alcachofra e o labiado repolho, e cachos de uvas e salsichas, e o queijo e a rosca e o vinho — tudo que o amor ama e, por amor, quer repartir.

E os Profetas trouxeram as Sibilas, e as Sibilas as Cassandras e as Medéias e as Circes, e quem sabe até onde o humano mar se iria aproximando de onda em onda, nessa aglomeração sucessiva para adorar o Menino e ornamentar o Presépio. Homero traria seus argonautas; o rei Artur, seus paladinos; Marco Polo, seus mercadores, Gengis-Khan seus guerreiros — e o negro, o chim, o índio emplumado e o friorento esquimó se acomodariam todos sem dificuldade no recinto mágico presidido por um pobre Menino celestial.

E tão bem se sentiriam que, sem desejo de regresso, iriam buscar suas casas e suas montanhas, seus rios e seus moinhos, seus arados e seus fornos, suas embarcações e suas tendas, e ali se poriam a trabalhar, ao som de doces cânticos ali mesmo inventados, e ali bailariam, com gaitas e sanfonas, adufes e harpas, ocarinas e violas e tudo quanto, com metal, corda ou sopro, é capaz de produzir um som de feitura harmoniosa, comparável ao gorjeio das aves, ao suspiro das águas, ao adejar do vento e à voz humana quando quer ser mais que linguagem.

E o sol e a lua e as estrelas ainda pareceram apagados, para tão ambiciosa festa, e as mulheres e as moças puseram-se a dançar com círios acesos nas mãos, e tudo foi recamado de ouro em pó, e cada qual começou a escolher trajos mais cintilantes, de cetins mais lustrosos, com lavores mais ricos, e do mar e da terra se desentranharam todas as coisas que brilham e deslumbram, e não houve príncipe nem sacerdote nem mercador nem escravo que não gastasse os olhos e as pontas dos dedos, cosendo em seus estofos as gemas que os tornassem mais resplandecentes.

E nesse esplendor de fitas e rendas, de colares e anéis, com os animais de chifres dourados, de testa empenachada, de manto lavrado e guarnições de fina cinzelura, até se recordou que o Menino não podia estar ali despido como simples deus humanado — e teceram-lhe camisinhas e envolveram-no em brancas sedas, e para a tímida Virgem e o submisso carpinteiro trouxeram finas roupagens esmaltadas de cintos e fivelas, com barras de arabescos e densas pregas faustosas.

E as belas canções subiam como, nas hastes gladioladas, abrem os lírios verticalmente, de salto em salto.

E houve assim uma existência de amor, e alguém pensaria estar o mundo apaziguado, e a família terrena compreendida e satisfeita, trabalhando e cantando, bailando e dormindo tendo em redor de si a parede rústica do Presépio.

Mas, na verdade, a parede do Presépio deixara de existir. O que havia eram muitas paredes, de palácios e de mosteiros, de chácaras e de cozinhas de quartéis e de fábricas, de lojas e de manicômios.

Porque essa humanidade se arruinou e adoeceu; esqueceu-se que a oferenda não lhe pertencia, e estendeu a mão para a alcachofra e para a lagosta, para o cavalo do guerreiro e a coroa do suserano, e o que tocava cítara quis brandir espada, e o que varria o estábulo apoderou-se da cítara.

De modo que se chegou a ver o legionário romano, de agulha e dedal, bordando flores sobre cetim, e as dríades empunhando lanças, e os javalis sentados em cadeiras de ouro, abanados por leques de plumas.

Ninguém mais podia amar a sua oferta, mas a do seu vizinho; e já não amava com amor de dar, mas com amor de possuir. E não houve mais quem se despojasse, mas só quem apreendesse.

Notou-se que o sol e a lua e as estrelas não tinham mais sua substância própria: eram de ouro e de gemas, eram pintados e incrustados; não se moviam nem aqueciam mais.

Notou-se que os cantores tinham ficado melancólicos e a dança não se levantava em asas tênues: arrastava caudas fúnebres, patas desconfiadas, pontas de espadas surdas.

E aquilo que foi um Presépio era um mundo de contradições, sem equilíbrio nem sentido. Os Profetas eram alucinados — e as Sibilas, dementes; os Reis, uns conquistadores mesquinhos; os guerreiros, uns assassinos convictos.

Nuvens de seda e pó de danças toldaram a íntima, pequena cena de um nascimento sobrenatural. Tudo tinha ficado mais importante que o Menino chegado para ensinar o amor. Tudo tinha formado sucessivos planos, anteriores uns aos outros, sobrepostos uns aos outros, escondendo-se uns aos outros, num amontoado de riqueza, ambição, prepotência, vaidade, cobiça, rapina, mentira, traição e ódio.

E tudo isso foi desabando por si mesmo, porque estava armado sem fundamento; e viram-se os Profetas fugitivos, arrastando os animais santificados e os imundos; e as Sibilas recolhiam seus oráculos perdidos, e as Medéias e as Circes enrolaram seus velhos feitiços; e os que tinham vindo por engano choraram pelas palavras que tinham entendido; e os que tinham vindo por verdadeiro amor deixaram pender a cabeça, e foram empurrados na onda devastadora, porque o amor é distraído e desatento de si, sem agressão nem defesa, e fica sempre esmagado, no torvelinho dos atropelos.

Mas quando tudo ruir completamente, — porque sempre chegam novos forasteiros ao Presépio, e cada um se diz o único verídico, o mais sincero e o mais poderoso, o mais rico e o mais fiel — quando tudo ruir completamente, o Menino continuará na sua gruta, com a sua família humilde, o irmão boi e o irmão jumento, para recomeçarem a vida, na simplicidade humana das coisas naturais e universais.

E se outro São Francisco se ajoelhar na gruta rústica, o Menino virá todo em luz aos seus braços, porque só o Santo Poeta entendia dessa irmandade geral do céu e da terra, e da graça de todos os despojamentos, e da alegria de não precisar ter, pela contemplação de todos os enganos, e da leveza da vida em expressão absoluta.
(Rio de Janeiro, revista “Rio”, Dezembro de 1946)

Em ritmo de Natal

Este ano eu demorei a entrar no ritmo do Natal. Ontem comecei. Eu fiz uma torta de cerejas para testar a receita, para minha caçula, e deu certo. Fiz tambem bolachinhas em formato de pinheirinho de Natal.Neste final de semana vou me encarregar de fazer um bom estoque de bolachas e panetone e fotos. Ate um gorrinho para o gato quero providenciar.
Quanto aos presentes ainda nao consegui me definir....eu chego la...


Presente vivo - Affonso Romano de Sant'Anna
Viver
é conjugação diária
do presente.

Viver
é presentear.
Mais do que um jeito de doer
é um modo de doar.

E um presente
mais que um objeto
é o elo entre dois olhos
a floração do gesto
o prateado evento
e o cristalino afeto.

Não se dá
apenas pelo prazer
de ver
o outro receber.
Dá-se
para que o outro
entre-abrindo-se ao presente
também dê.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

presepios

Na minha infancia , o Natal era vivenciado durante todo o mes de dezembro. Tambem esperavamos o papai noel, mas o foco era o lado religioso da festa. O presepio da igreja era montado pela comunidade. A arvore de natal de casa por todos nos com as bolas cuidadosamente guardadas, um galho seco pintado de prateado e com algodao para imitar neve. Usavamos as poucas bolas e muito papel laminado guardado o ano todo ( reciclagem de papel de bombom, maços de cigarros achados e pedacos de fitas guardados). Ficava linda! Pena nao termos fotos da epoca.
O presepio era enriquecido por grama, nao uma grama qualquer. Apos o terço , no dia oito de dezembro semeava-se em caixas ,arroz em casca . A partir do dia 20 a "grama" estava linda, na altura ideal( o arroz brotado tem a aparencia de uma grama).
Um Natal com tantas cerimonias e rituais,e que era ricamente comemorado. O presente nao era o ponto principal. Era bom esperar o presente, mas o melhor era montar a arvore, ouvir e cantar as musicas. Fazer as bolachas. Esperar o panetone ( um so para toda a familia) .Esperar as comidas especiais. Ouvir as historias dos natais da Alemanha. Ouvir repetidamente a historia do presepio, o nascimento de Jesus e a importancia deste dia em nossas vidas.
Nao tenho a ilusao de voltar no tempo. Nao acredito que da para reviver. Mas ainda acho que da para ter Jesus e o Papai Noel na mesma comemoracao em nossos coracoes.MAs um papai noel que distribua alem dos presentes a fé, a solidariedade , o amor , a compreensao e o perdao.

Preparação para o Natal

Eu estava navegando na net e vendo em que local iria assistir a missa de Natal em Sao Paulo e me deparei com este belissimo texto sobre a preparação para o natal, da Catedral da Sé.
Ele merece ser compartilhado
"Ao ouvirmos dizer sobre a preparação do natal logo nos vem à mente as providencias que devemos tomar em relação às compras para a ceia, presentes, cartões e convites! Essa atitude demonstra que o natal tem uma importância para nós, porém, a preparação do natal é uma atitude interior, é muito mais do que isso!
Já faz uns bons anos que o natal vem se transformando numa festa seculararizada. Na sociedade em geral o símbolo central é o Papai Noel. Este lembra presentes, compras e consumo sem limites… Isto parece como que uma paganização do natal, resumindo-o simplesmente numa festa do Papai Noel. Seria um natal na ausência do Senhor em que o principal, o nascimento do Filho de Deus, é ignorado!
Serve para os católicos a mesma constatação. O exterior é muito bem preparado. Já a vivência interior do natal, por vezes, pode ficar de lado comemorando uma festa resumidamente social! Muitos viajam para a praia ou para o interior e nem sequer se preocupam em participar da Santa Missa. O natal sem o Menino Deus se reduz numa mera festa cultural e pagã!
O natal é de solenidade interior, pois, o que celebramos é um mistério da nossa fé: a encarnação, ou seja, Deus se fez homem e habitou em nosso meio! A preparação do natal encontra seu lugar no nosso coração, numa expectativa de celebrá-lo com mais delicadeza, vivenciando aquele acontecimento que mudou a história da humanidade. O Senhor, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, ao assumir nossa humanidade dá-nos participar de sua divindade! Este mistério é profundo e considerá-lo dispõe a alma para bem celebrar o natal.
Comemorar o nascimento do Senhor é comemorar a festa, o aniversario ou a solenidade de quem nos ama de modo infinito e que amamos, de forma toda especial, acima de qualquer festividade que possa existir. Se o Senhor não se desse a conhecer o que seria de nossas vidas? Seria como vivermos sem a luz do sol! Não seria vida e sim morte! Se Ele não habitasse em nosso meio e, em conseqüência, se não o conhecêssemos viveríamos neste mundo escravos do pecado, das paixões, dos prazeres… na sombra da morte. sem esperança, sem o verdadeiro Sol que ilumina nossa existência com a luz divina da vida eterna.
Por isso, ao fazermos nossas compras, ao prepararmos nossas ceias e convidarmos as pessoas que amamos, não podemos esquecer-nos daquele que devemos amar acima de tudo. Toda a solenidade deve ter sua razão principal nele!
Natal é nossa alegria de celebrar seu amor e seu mistério em nosso meio!
O natal bem preparado interiormente, pela atitude de vida devota a Deus, faz com que toda a festividade exterior encontre sua razão e sua fonte na vivencia interior do mistério da encarnação do Verbo de Deus!
Desejo a todos um feliz e santo natal!!!
Pe. Fábio Fernandes
Auxiliar do Cura

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Quase de ferias

Estou quase de férias.
Não serão longas ferias , so dez dias em Sao Paulo, visitando duas filhas e passando Natal e Ano Novo.
Eu adoro Sao Paulo, sempre gosto dos passeios e da ciultura e da comida. Adoro museus.
Mas estou com muita saudade de uma praia, com aquela visao de infinito, que so uma praia deserta tem. Saudades de pisar na areia e sentir a agua nos pés. Saudades do cheiro do mar, mais intenso comeco da manhã e final de tarde. Ai que saudades da brisa, do por do sol .
Mesmo com saudades vou me contentar com meus dias livres e a "brisa"de Sampa...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

minha cidade

Rondonopolis, uma cidade do interior do Mato Grosso, é grande , com quase 200000 habitantes. MAs é uma cidade desleixada, ha lixo por toda parte. Eu realmente nao consigo entender jogar lixo onde se mora.
Estamos convivendo com um numero grande de pessoas doentes de leishmaniose (doença da sujeira) , com as chuvas pode voltar a aumentar a dengue, e alem disto o cheiro da cidade esta ruim.
Como é dificil educar adultos, onde eu trabalho antes da porta da saida ha cafe ,cha e um balde de lixo. Na calcada sempre tem varios copos descartaveis. Quando chove , em varios pontos, ha cheiro de fossa, de esgoto.
Recebi uma postagem com uma frase interessante
"O HOMEM ACHOU O CAMINHO DA LUA, MAS ATE HOJE NAO CONSEGUE ACHAR O CESTO DE LIXO"

Será que se ensinarmos as criancas ha chance de reverter???

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um sorriso muda o dia

Receita de olhar
~~~~~~~~~~~~~~~~~
Nas primeiras horas da manhã
desamarre o olhar
deixe que se derrame
sobre todas as coisas belas
o mundo é sempre novo
e a terra dança e acorda
em acordes de sol
faça do seu olhar imensa caravela
Roseana

Hoje de manha ,meio apressada , chegando no serviço, uma criança nos seus 7/8 anos de idade responde meu oi e diz assim: pode rir, rir abre o dia!!
.................e como!!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Solidariedade

Ha muito tempo, ha mais de 3 anos, eu converso uma ou duas vezes por semana com um morador de rua que " mora" na praça em frente onde eu trabalho. Ele as vezes me pede uma comida, as vezes me pede um dinheiro e as vezes apenas que o ouça.
Varias vezes ouvi suas interessantes historias. Algumas alegres , outras profundamente tristes. Fala de amor, de ganhos e perdas , de medo, de violencia, e de esperança.Quase sempre esta muito mais alegre que eu. Quase sempre cheio de esperanças. Ele tinha por fiel amigo um cao.
Um dia seu cao foi atropelado e ele chorou por dias.
Ele esta na janela do meu carro me contando aos prantos sobre esta historia e um conhecido se aproxima para perguntar se preciso de ajuda. Eu digo: estou com um amigo. Ele se assusta e se afasta. No dia seguinte vem me dar um sermão sobre os riscos de conversar com um estranho. Respondo-lhe calmamente, voce tem visto minha mãe?, ele diz: faz alguns meses que nao a vejo. Calmamente lhe completo: ela se foi ha 3 anos. Amigos compartilham, dividem , somam e principalmente se respeitam.
Nao gostou da resposta , mas fazer o que, se preciso classificar meus amigos por posse, bens e outras coisas menores, nao vejo significado na vida. Classifico por respeito, atençao, mesmo que se passem anos longe, e principalmente pela absoluta falta de racismo. Isto herdei de meu pai .
Abro o computador e uma querida amiga me mandou esta musica , que é mais que um poema, mais que uma mensagem.
Que eu consiga nao perder a capacidade de fazer amigos. Todos da familia,filhas irmas e sobrinhas, um amor ao meu lado, amigas que sempre estao, amigos que vem e vao.
Bridge Over Troubled Water
When you're weary
Feeling small
When tears are in your eyes
I will dry them all

I'm on your side
When times get rough
And friends just can't be found
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

When you're down and out
When you're on the street
When evening falls so hard
I will comfort you

I'll take your part
When darkness comes
And pain is all around
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

Sail on Silver Girl,
Sail on by
Your time has come to shine
All your dreams are on their way

See how they shine
If you need a friend
I'm sailing right behind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind

Ponte Sobre Águas Turbulentas
Quando você tiver cansada
Se sentindo pequena
Quando houver lágrimas nos teus olhos
Eu irei enxugar todas elas

Eu estou do teu lado
Quando os tempos ficarem difíceis
E os amigos não puderem ser encontrados
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me colocar
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me colocar

Quando você estiver pra baixo
Quando você estiver na rua
Quando o anoitecer vier tão forte
Eu irei confortar você

Eu ficarei ao teu lado
Quando a escuridão chegar
E o sofrimento estiver ao redor
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me colocar
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me colocar

Navegue, Garota prateada
Navegue
Sua vez chegou, para brilhar
Todos teus sonhos estão a caminho

Veja como eles brilham
Se você precisar de um amigo
Eu estarei navegando ao teu lado
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei confortar tua mente
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei confortar tua mente


Na voz de Simon e Garfunkel é linda. NA voz de Elvis Presley é DIVINA

Beethoven

Continuando minha paixao pela musica, eu realizei ha um tempo atras um sonho muito antigo.Visitei Bonn , terra do nascimento de Beethoven.
Sem ser uma progarmacao previa,por mera coincidencia, cheguei em Bonn na semana de Beethoven. Era uma semana de eventos que homenageavam seu filho mais famoso.
Fui a praça central e encontrei estatua de bronze em frente do prédio lindíssimo do correio é imponente, e a praça é linda, chama-se Munsterplatz, a estatua data de 1845.
Ao me virar deparo com dezenas de Beethoven coloridos, sao replicas da estatua feitas em fibra de vidro e pintadas pelas escolas de musica e arte de Bonn, pelo que eu entendi parte de um concurso na semana de Beethoven. tirei lindas fotos abraçada com meu idolo.
Na mesma noite assisti uma orquestra alemã tocando a Nona Sinfonia , tonando um vinho branco. Na noite seguinte assisti a orquestra da venezuela, patrocinada pela Deutsche Welle tocando a Heroica e a seguir uma peca da America Latina . PURA EMOÇÃO.
No segundo dia visitei a casa do Beethoven.
A casa não permite fotos, só na área do jardim de entrada onde tem um busto do Beethoven. Tirei fotos, bastante fotos. O jardim do museu é lindo.
A guia nos conta que a casa existe por iniciativa de 12 famílias que se reuniram e compraram a casa, e a restauraram como ela era antes. Eles resgataram e adquiriram objetos pessoais, quadros, gravuras, partituras originais, instrumentos, violino, os dois pianos, e escritos da época em leiloes no mundo todo. Foi um grande investimento e o acervo sobre a vida e a obra de Beethoven que existe nessa casa não existe em nenhum outro lugar.
Eu conheço a biografia do Beethoven, ele é de longe meu compositor predileto, já ouvi quase toda sua obra e toco três pecas de Beethoven, mas é sempre agradável rever a sua historia. Ele nasceu nesta casa, viveu aqui sua infância, na vida adulta foi para Viena e lá faleceu, não mais retornando a Bonn. Os outros locais onde viveu não preservaram sua historia como este museu. Durante todo o planejamento para esta viagem nunca tive duvidas de que esta casa do Beethoven me motivou bastante a que Bonn fizesse parte do meu roteiro. Eu me emocionei muito durante o trajeto em todos os cômodos da casa e principalmente na sala com os dois grande pianos, seu ultimo piano, os objetos que ele usou para tentar vencer a sua surdez, e a partitura original da Nona Sinfonia de Beethoven. Ontem assisti a Nona Sinfonia na praça e me emocionei muito, hoje a emoção é ver tudo isto e principalmente a minha admiração por um homem tão profundamente amante da musica que pode compor sua Nona Sinfonia, já surdo, ouvindo apenas com o coração. Foi muito emocionante para mim andar pela casa onde Beethoven morou, quero sentir toda esta energia, tocar nos corrimões, olhar detalhes. A rota em toda a casa durou uma hora e meia e nem vi o tempo passar. Na saída tem uma lojinha de lembranças, ai meu Deus, delirei. Eu me impus um limite em cada local de compras e de lembranças; senão já sabe, tenho que voltar para o Brasil de navio dentro de um container... hahaha. Mesmo assim comprei fotos, copia da partitura de Pour Elise, que eu sei tocar, lápis e três moedas de chocolate, e também obvio mais um Cd da Nona Sinfonia.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A musica

A musica

Eu amo musica. Amo a boa musica clássica, mas amo também musica brasileira, musica antiga, cantigas, moda de viola, musica romântica e por ai a fora. Não consigo, eu já tentei ouvir, reggae. Rap e funk, mas elas agridem meu ouvido.
A musica na minha infância era duplamente estimulada, tínhamos canto orfeônico e aprendíamos a ler partituras simples, e nosso pai nos estimulava a estudar musica e ouvir musica. Eu cresci ouvindo Beethoven, Bach, Mozart, Lizt e outros, e adolesci com Beatles e Roberto Carlos Erasmo, Ronnie Von, sem abandonar meu gosto pela musica clássica.
Os tempos mudaram, a musica saiu da escola, e também na maioria das casas ela foi substituída pela atual musica “descartável”, a musica que faz sucesso rápido e é esquecida na mesma velocidade.
Tanto a musica como a arte sempre fizeram parte da historia da humanidade, e ela sempre foi à parte que ajuda a amenizar a “dureza” e “rudeza” da vida humana
Como dizia Robert Schumann: “Enviar luz à profundeza do coração humano é dever do artista”.
Este fim de semana explicando a alguém muito querido como ouvir a linha melódica de uma sinfonia, me lembrei de um texto que li alguns anos atrás e resolvi dividi-lo com vocês
“A idéia- isso é o essencial- continua sendo a mesma: arrancar os homens à vida de todos os dias, e fazer com que sintam duplamente a arte, visto que tudo quanto os tira da vida diária, os aproxima da arte e da natureza. Não há nisso nada contra a arte, nem contra a natureza; pelo contrario há contra a vida de todos os dias... A arte e a natureza são, no sentido derradeiro e mais profundo, uma coisa única: são, para o caráter humano e a estrutura social, pilares mais fortes que todos quantos os últimos séculos tentaram constituir.
A arte e a natureza vem de Deus, independentemente do que entendermos por Deus. A educação racional malogrou, não fazendo os homens felizes, nem justas as instituições, tampouco, amantes da paz as nações.
Talvez, um dia, uma nova civilização faça da arte e da natureza os fundamentos da vida, e a musica falara, então, a sua língua forte e pura a todos os homens, aproximando estreitamente os vários povos e fazendo com que os corações se compreendam
Podemos chegar ate lá! Basta-nos apenas começar. Comecemos, pois com as crianças! E uma humanidade muito feliz há de nos agradecer um dia.
Kurt Pahlen, 1963

domingo, 27 de novembro de 2011

ODE A BATATA

ODE A BATATA

Esta semana meditei bastante sobre a minha dieta. Fui tentar iniciar uma dieta (só para perder 5 quilos) por pura vaidade. Eu como bem, muita comida natural, muita fruta, pouca carne. Vinho e cerveja de vez em quando. Eu como pouco doce. Mas como batata quase todos os dias e manteiga no pão. Embora seja uma dieta saudável não consigo alterá-la pra perder peso.
A especialista me desfila uma dieta não muito difícil de ser feita, mas o jantar... veja bem no jantar nada de carboidratos. Como? Entrei em pânico, embora medica me deu um branco, de que é que ela esta falando?
O papel esta bem claro, o carboidrato tem que ser drasticamente diminuído.
Se viver saudável implicar em uma disciplina que me faça infeliz, não vou querer. Comer é um prazer ao qual dedico um bom tempo da minha vida. Adoro comer e comer bem. Adoro cozinhar e o faço por prazer. A idade me fez aumentar fibras, experimentar e gostar de qnoa, amaranto, aveia e leite desnatado. Não consegui comer margarina, gosto e não abro mão da manteiga, da batata frita às vezes, do bolo de batata, do purê de batatas e do pão de batata... ah e da sopa de batata com costelinha defumada e umas coisitas mais.
Sou meio brasileira e meio alemã, o que me fez aprender a gostar de fazer o pão, porco frito, virado de feijão e cambuquira no feijão. Dos alemães herdei o gosto pela batata, o que fazer?
Ainda amo tudo isto e não consigo chamar a batata, a minha amada batata de carboidrato.
Ana Helena
“Beleza é mais uma questão de se sentir do que outra coisa. A beleza é muito mais o bem estar do ser humano do que qualquer outra coisa... e Ivo Pitanguy, renomado cirurgião plástico autor destas frases em uma entrevista a revista Lola completa, respondendo por que nunca achou ate agora a necessidade de uma plástica: Eu me tolero... me tolerar é a melhor plástica, ter o ego condescendente, que esta de acordo com a sua imagem...”
Eu me olhei de novo no espelho e frente à mera possibilidade de me livrar do carbo, ops da batata, meu condescendente ego concluiu que estou saudável, linda e muito bem.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Força e resistencia

Esta é uma fábula tradicional: Um carvalho robusto e orgulhoso fazia pouco caso dos fracos bambus da beira dágua. "Qualquer pequena brisa dobra vocês e lhes faz abaixar a cabeça. Vejam que isso mal balança minhas folhas." Os bambus não se importavam com a comparação e sabiam que sua natureza lhes dava a flexibilidade para compensar a fragilidade das varas. O tempo muda a cada estação. A cada ano as nuvens das tempestades iam ficando mais pesadas. O carvalho altaneiro continuava a desprezar os bambus e a exibir-se vitorioso. Porém um dia o vento feroz soprou muito mais. Os bambus dobraram seus troncos e quase deitaram no chão diante de tanta fúria da natureza. O carvalho lutou. Durante um bom tempo só perdeu alguns galhos arrancados pela violência da tempestade. Até que um vagalhão mais forte lhe torceu o corpo todo e arrancou pela raiz, jogando-o aos pés dos bambus. O mais forte jazia ali derrotado só uma vez, mas para sempre. Conclui o fabulista - O fraco é forte porque se torna flexível, mas, o que se julga forte só o é até o momento em que a força contrária ultrapasse sua resistência. Frente às adversidades, seja como os bambus que dobram sua fronte ao destino e retornam a sua posição quando passa a tormenta.

A vida é cheia de imprevistos, alguns bons outros nao, momentos felizes e momentos de angustia e sofrimento. Dobrar-se nao é sinal de fraqueza mas sim sinal de capacidade de adaptacao, de força interior que permite parar, pensar e superar.
"Valorize suas limitações e pôr certo não se livrara delas " Richard Bach

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Valores

VALORES

Que valor tem a minha vida? Que valor eu dou a minha vida?
Eu me perguntei isto ontem pensando na morte de uma amiga. Ela se foi após um longo tempo de doença. E em inúmeras vezes sentei-me ao seu lado, apenas para conversar. Mas eu sempre sofri ao ouvi-la: faltava-lhe aquela chama de vida que nos impele para frente e para cima.
Ela era uma mulher muito bonita, já avó, mas os anos lhe deram uma beleza especial. Ela sempre se vestiu com elegância, uma clássica elegância e sempre a via com uma discreta e bonita maquiagem e lindas jóias. As únicas coisas que faltavam eram o brilho no olhar e o sorriso no rosto.
Em alguns momentos tive vontade de sacudi-la, chamá-la a olhar a vida, a viver, a sorrir. Mas isso não se implanta em ninguém, ou se tem ou não se tem.
Ontem parei em frente de um quadro que eu ganhei dela. Ele esta no armário e não consigo colocá-lo na parede. Eu parei em frente para pensar o porquê de não conseguir. Ela pintava muitas flores, e são flores que eu gosto lírios e hortencias, mas realmente ela retratou natureza morta. Não há aquele brilho na cor, não há vida. É um quadro pálido. Flores de rosa pálido, azul clarinho e branco sobre um fundo beginho bem claro como se estivesse desbotado. Ë um quadro sem cor. Pálido como a vida da pintora.
A situação toda me lembrou um poema de Manoel de Barros
“Aprendo com abelhas mais do que com aeroplanos
É um olhar para baixo que eu nasci tendo.
È um olhar para o ser menor, para o
insignificante que eu criei tendo.
O ser que na sociedade é chutado como uma
barata - cresce de importância para o meu
olho.
Ainda não entendi por que herdei esse olhar
para baixo.
Sempre imagino que venha de ancestralidades
machucadas.
Fui criado no mato e aprendi a gostar das
coisinhas do chão -
antes que das coisas celestiais.
Pessoas parecidas de abandono me comovem:
tanto quanto as soberbas coisas ínfimas”.



Em muitas situações na minha vida me deparei com algumas pessoas ou fatos que sempre me fazem repensar meus valores. Eu sempre me fortaleço e reaprendo a valorizar o que tenho, com quem convivo, o que sonho e percebo mais uma vez como amo a vida.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

As mudanças sao possiveis

Este final de semana reli os seminarios (traduzidos) que o Dalai Lama proferiu em Curitiba em 1999

Todos somos iguais, quanto ao potencial, desejos etc. Portanto, todos queremos o mesmo: uma vida feliz, uma família feliz, uma sociedade feliz. A humanidade pode mudar positivamente através desse desejo, através do indivíduo que cultiva esse desejo. É uma mudança longa, mas é a única forma de mudança possível.
No início deste século, muitas ideologias nasceram e no entanto já morreram. O conceito de paz, de solidariedade se tornou mais forte ao longo deste século. O espírito de não violência, de solidariedade e negociação também cresceu. Vejam o exemplo da África do Sul!
Também cresceram os sinais de espiritualidade. No início do século, as pessoas apenas se abrigavam em uma crença religiosa. Agora, neste final de século, com a incorporação de hábitos e métodos da ciência, as pessoas aprenderam a observar, analisar. Ciência e religião se aproximaram. Um exemplo: a física quântica tem várias similaridades com os conceitos budistas.
Também o poder de destruição do homem hoje é muito grande, e isso faz crescer o desejo de paz. Antes da Segunda Guerra, quando as nações declaravam guerra e se mobilizavam, chamando a população para se alistar, não havia questionamentos. Já no Vietnã e a partir de então não há esse comportamento. Muitos se opõem às guerras.
Do ponto de vista da ecologia, no início deste século não se conhecia nada sobre ecologia. A preocupação com o meio ambiente era algo reservado a especialistas. Agora, a consciência ecológica cresceu muito.
O mesmo aconteceu com os conceitos de direitos humanos e auto-determinação das nações, que atualmente gozam de aceitação universal.
Todas essas mudanças são indicações positivas que nos levam a crer que o próximo século será melhor, mais pacífico. Isso também significa que teremos que pensar mais holisticamente e nos esforçarmos mais.

O texto na integra é uma perola sobre o relacionamento humano, a esperança, o controle da raiva, o amor e a compaixao.Nos ja estamos em 2011 e as mudanças estao se dando lentamente. Eu realmente gostaria de ver nossas crianças educadas nestes principios.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

o segredo da felicidade

O segredo da felicidade



Conta uma antiga historia grega, que os deuses tinham muito medo de que o ser humano fosse perfeito, pois se assim fosse não precisaria mais deles. Decidiram se reunir para saber o que fazer.

O mais sábio dos deuses disse: “Vamos dar ao homem tudo que pudermos menos o segredo da felicidade”. “Mas se os humanos são tão inteligentes, vão acabar descobrindo esse segredo também!”, disseram os outros deuses em coro. “Não, isso não vai acontecer”, disse o sábio –“vamos esconder a felicidade deles num lugar onde eles nunca vão achar -- dentro deles mesmos”.
É preciso que você saiba encontrá-la. Tem um ditado oriental que diz: “Se você quer saber como foi passado, olhe para quem você é hoje. Se quiser saber como vai ser seu futuro, olhe para o que você esta fazendo hoje”.


Felicidade so se encontra dentro do coração

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Escrevo e pronto

A vida é muito engraçada. Conviver nao é uma coisa facil de se fazer. Se eu gosto de cantar, tenho que ser a , a cantora e me dedicar, se gosto de ler , tenho que vencer maratonas de leituras, se gosto de viajar tenho que ser a, a , a viajada e se gosto de escrever tenho que produzir best sellers...
Ainda acho que posso gostar de tudo um pouco, so mais ou menos e viver bem.
Posso mudar de ideia tambem e gostar muito de uma coisa ou outra...
Escrevo e pronto. Não precisa ter um porquê... e nao estou sozinha.

Razão de ser

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece.
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Paulo Leminski

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Olhares...o direito à diferenca

O nosso corpo é sempre um corpo insatisfeito?

As relações que temos com o nosso corpo podem condicionar a nossa auto-estima e a maneira como encaramos a vida.
Atualmente existe um ideal estético que é imposto como padrão, que boa parte das mulheres procura atingirem. É como se todas tivessem que ser parecidas, magras, altas, de cabelos lisos ou alisadas. Quase não há direito a diferença.
O que gera este comportamento? A verdade é que ninguém vive sem ninguém e nós sempre precisamos do olhar do outro. Em uma sociedade que privilegia o prazer imediato, a perfeição do corpo torna-se uma exigência. Então qualquer corpo que se apresente , mesmo que muito bonito embora não totalmente dentro dos padrões estéticos, será sempre um corpo insatisfeito, que reclama ser admirado, reconhecido, amado.
Quando esta sensação leva a sofrimento psíquico, isto afeta a pessoa em sua relação com o mundo, em seu trabalho, socialmente e afetivamente.
É saudável que a mulher se preocupe com o aspecto físico. Mas é necessário harmonia neste cuidado com o corpo, e com a estética.
O essencial é que exista um equilíbrio entre o valor que a pessoa atribui a si próprio e o ficar demasiado dependente do olhar do outro.
Com esta insatisfação fica difícil planejar uma reeducação alimentar e atividade física e atitudes corretas de melhora de vida. Fica mais fácil remédios, dietas rápidas ou correções estéticas não planejadas. Nada contra correções em que se pensa, se programa e se prepara. O incorreto são decisões por oba-oba, vou porque todas vão. Ai nenhuma alteração neste corpo vai preencher a insatisfação e a pessoa sempre necessitara de novas buscas, de novas e radicais modificações .
Este últimos meses me fizeram repensar todo este comportamento de busca da perfeição. Em dois momentos fiquei estupefata.
No primeiro vem a mim uma mãe e pergunta se pode fazer escova definitiva e mechas na filha. A filha é morena clara como a mãe de cabelos levemente ondulados nas pontas e escuro. A mãe tem cabelos alourados por mechas e extremamente lisos. Pergunto : quem quer você ou ela? A mãe se enrola e notei que ela é que quer e finaliza : eu sempre quis , ou melhor e foi se dizendo e contradizendo. Orientei mas acho que vai fazer mesmo assim, toda esta mudança numa criança de 06 anos de idade. Nesta tenra idade já transformada em insatisfeita!
No segundo vem uma mãe , em seu segundo filho, amamentou o primeiro ate 01 ano de idade e neste vem para orientação de desmame, com apenas 05 meses de vida. Porque? Ë simples, me diz, quero o mais rápido possível restabelecer minha auto estima colocando próteses mamarias de silicone e fazendo mais uma lipo.
Duas situações diferente e semelhantes.... e imensamente tristes
Ana Helena

vai aqui um texto que merece ser lido, relido e repensado
Olhares

O direito à diferença

Ouvi de relance.
Duas empregadas numa grande superfície comercial conversavam sobre dietas.
Eram duas jovens na casa dos vinte anos, e falavam com todo o à-vontade de anorexia, dietas favoritas, o numero de quilos que fulana tinha perdido, e de sicrana, coitada, que não conseguia emagrecer por mais voltas que desse.
Via-se que já tinham consumido vários quilos de revistas, que havia por ali muitos olhares angustiados à balança, muitos desesperos nas salas de prova a tentar enfiar umas calças com um numero politicamente correto.
Eram duas jovens sem excesso de peso, com corpo feminino, completamente mediterrânico, diferente dos estranhos corpos extraterrestres das top models. Via-se, sentia-se perfeitamente que as duas jovens não gostavam do corpo que tinham.
Na seção de legumes, ouvi de relance. Dois clientes olhavam para os pepinos expostos. Comentavam que os pepinos curvos já não eram aceites, devido às normas de estandardização da União Européia.
Olhei os pobres legumes, hirtos e cumpridores. De fato, só havia ali pepinos corretos, sem esquisitices, sem exotismos chocantes. Que os pepinos não pensassem que podiam crescer no fofo de uma horta, como lhes aprouvesse, numa luxuria de curvas. Qualquer pepino que não seja fálico e obediente esta destinado ao mais profundo desprezo de uma feira de província.
As maçãs são militarmente iguais. Os tomates. Tudo o que sai fora das normas de tamanho e aparência é implacavelmente rejeitado, posto de lado por ser impróprio para consumo.
Vivemos no delírio da norma absoluta no que toca a aparência. Temos que ser todos iguais com o mesmo peso, o mesmo formato, a mesma sedução. Todos loiros de olhos azuis, de preferência. Detestando o nosso corpo, que existe parolamente, atropelando as medidas de busto, cintura, anca. Ou barriga- ai a barriga.
Toda a indústria ligada à moda, à imagem, às revistas femininas vive disso, incentiva isso, castiga quem não esta conforme as regras do jogo. As adolescentes afligem-se quando o corpo cresce de acordo com as hormonas, as mulheres convivem mal com a sua forma natural, não tem orgulho em si ou na sua individualidade como corpos únicos.
Torturam-se com dietas ou com intenções de dietas. Querem emagrecer magicamente, ou transforma-se magicamente naquilo que não são.
As series de Hollywood, claro, mostram-nos mulheres todas iguais, É difícil lembrar uma cara, uma expressão de olhar, uma mímica com significado. As emoções também se transformaram em plástico , fácil de moldar e reproduzir aos milhares.
A questão esta nesta lógica de consumo, que implica um produto, uma publicidade , e portanto uma norma sobre di que é desejável. OS produtos tem de ser iguais , logo a apetência tem de ser igual. Sejam pepinos, ameixas, carros , vestidos ou seres humanos.
A arte continua a ser apreciada como manifestação e algo unico. Mas esse mundo tem as suas regras próprias: há uma descontinuidade total com o dia a dia. Nenhum de nos pode ser único, diferente, moreno, curvo, expressivo, inigualável.
Mas digam-me por favor, já que a coisa se deu de um modo tão gradual: como, mas como é que nos transformamos em pepinos?

Dra Isabel Cristina Pires – Psiquiatra e sexologista- Portugal

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A banana

As historias de meu pai sempre foram interessantes e às vezes ate engraçadas. Uma delas é sobre a banana. Na época do Natal, na Alemanha , na década de 1920, a tia dele conseguiu uma banana, linda, exótica, nunca antes vista ou provada, cheirosa... (lembre-se de que naquela época, sem tanta velocidade, sem importações por avião, tudo chegava por navio, sem internet...) Ela levou a banana para a casa do nosso pai. Eles reuniram a família e a banana foi cortada em finíssimas fatias, e elas foram distribuídas para que todos experimentassem. Foi uma iguaria, diferente, especial. O sabor desta fruta exótica, tropical sempre foi lembrado na família.
O sabor desta fatia de banana atravessou o tempo e sempre foi lembrada na fartura de cachos inteiros, aqui no Brasil.
Quando eu visitei a Alemanha, em Trier, região onde meu pai estudou (a família morava em Mertesdorf, perto de Trier) eu optei em ficar em um hotel antigo, tradicional. O café da manha, chamado de pequeno almoço (Fruhstuck), era maravilhoso.
Imagine uma pequena sala de mesas de madeira e toalhas impecáveis, louça branca. E tinha um Buffet de mais de 10 tipos de pães e roscas, iogurtes, cereais e sementes, geléias e doces. Vários tipos de queijos e frios e conservas. Um enorme bule de café e leite na mesa. E tinha também frutas, maçãs, uvas (estava na região dos vinhedos do Mosela), amoras e framboesas e 3 tipos de ameixa, e uma, só uma banana.
Eu como sempre puxei conversa com o alemão que se sentou na minha mesa (nos pequenos hotéis se senta onde tem lugar) e embora ele risse bastante da minha pronuncia, conseguimos nos entender (eu sempre ficava com o dicionário). Quando fomos os servir das frutas, peguei varias, ele também e num outro pratinho ele colocou a banana e trouxe à mesa. Ele me diz: dieser frucht namens banane und ist kostlich. Ich lasse sie versuchen... (com dificuldades traduzi : esta fruta chama-se banana e gostosa . É deliciosa. Eu agradeci mas expliquei que banana no Brasil tem em todo lugar e ai contei a historia do meu pai (em inglês que é mais fácil pra mim). Rimos bastante , mas ele comeu com prazer a banana.
Muitos anos se passaram de 1920 a 2010, mas banana continua a ser valorizada na Alemanha, e agora tenho uma historia de banana também, meu pai.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Saudades do tempo em que se tinha tempo...

Eu recebi este texto de uma grande amiga, que como eu , também tem saudades das coisas boas do passado. Saudades do tempo em que se tinha tempo.

SAUDADE…
José Antônio Oliveira de Resende
(Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei)

Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.
Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.
– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre… Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro… casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas – e dizia:
– Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.
Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite… tudo sobre a mesa.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança… Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam…. era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade…
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, t ambém ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos… até que sumissem no horizonte da noite.
O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail… Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
– Vamos marcar uma saída!… – ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.
Casas trancadas.. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite….
Que saudade do compadre e da comadre!


Não deixe de fazer algo que gosta, devido á falta de tempo, pois a única falta que terá será esse tempo que, infelizmente, não voltará mais.
MÁRIO QUINTANA

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A França é um sonho...

A França é sonho antigo...
Eu sempre brinco que se ganhar na loteria , vou pensar o que fazer sentada em frente ao Rio Sena tomando uma taça de vinho branco. Não visitei como gostaria a França, embora estivesse na Alemanha e em um dos dias visitei Metz, que era perto indo de trem.
Na minha próxima ida tenciono saber pelo menos um pouco de Frances, já que os franceses não são muito educados com turísticas e se negam a responder em inglês.
Eu achei a cidade linda, não tão limpa quanto as cidades alemãs , mas muito linda.
Tres coisas eu amei, a Catedral de Santa Ethienne, que foi a igreja mais bonita em arquitetura que já tinha visto. Ela é imponente. A entrada é margeada de inúmeras, centenas de estatuas que compõem o arco da porta. Dentro é magnífica. Tem um altar que é de perder o fôlego, merece meia hora sentada em frente, e eu fiquei. Entrei no subsolo e ele é estranho, úmido, frio. Nas paredes existem argolas de ferros e barras com argolas que também existem no chão e colunas com argolas, lembrou-me cenas da Inquisição e eu não me senti bem ali. A sensação de morte foi tão grande que sai de lá rapidinho. A nave central e os vitrais superam qualquer outra igreja que eu já tenha visto.
A segunda beleza são os jardins e as flores. Em uma das praças o símbolo do exercito é feita com flores na encosta do jardim, e dá um efeito muito bonito. E passei por uma praça com uma fonte linda, de flores simples mas muito colorida .
A terceira beleza é a visão das margens do Rio Mosela, com as construções ocorrem em suas margens e algumas contiguas ao rio , como em Veneza, mas o rio não é tão limpo como os rios da Alemanha. Independente da limpeza a imagem é muito bonita e tirei lindas fotos... Estou aumentando meus sonhos a realizar, vou conhecer mais da França , Paris, o interior e ainda vou conhecer Veneza um dia.

domingo, 30 de outubro de 2011

poesia

No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
Carlos Drummond de Andrade

Ele realmente se tornou internacionalmente conhecido , pelas suas poesias e poemas, mas este foi traduzido, nao sei bem se em 16 ou 17 linguas.
O poeta realmente consegue falar a alma...para a alma de quem escuta ou lê.

Merece um dia D , em todos os dias

Ha alguns anos, lendo uma poesia me emocionei e chorei. Do meu lado estava uma pessoa que ve a vida pelo lado pratico, tudo muito certo, reto, imutavel se possivel. Esta pessoa me perguntou porque ler poesia? e completou é ficção, é sem nexo, sem um sentido logico.
Nem me recordo o que respondi. Sei e sempre soube que a vida é mais rica, mais bela e mais suave de se viver, se temos tempo para a fantasia, a musica, a cor, o silencio, a beleza do ceu , e para os alimentos da vida,o amor, a fé, a esperança e a beleza. Ha beleza e vida na poesia.

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade

E relmente este poeta soube colocar em versos a alma humana

Amamentar é um ato de amor

Amamentar, um ato de amor.


Por mais que se façam campanhas para incentivar e estimular o aleitamento materno, varias questões precisam ser pensadas para entender porque é tão difícil para algumas mães amamentarem.
Se perguntarmos a qualquer gestante sobre a importância e as vantagens do aleitamento materno receberemos uma aula. Também receberemos uma aula sobre aleitamento materno dos obstetras, pediatras e profissionais de enfermagem. Então porque tanto fracasso, tanto abandono nos primeiros dias, nos primeiros meses?
Amamentar não é mais para a mulher um ato instintivo, em que só o amor é suficiente para o sucesso. A amamentação requer a vontade de amamentar e o aprendizado para fazê-lo, e eu diria mais requer também o apoio familiar incondicional.
Antigamente nascia-se em comunidade. As mulheres recebiam o aprendizado de mãe para filha , assistiam os partos e as amamentações de todas as mulheres e bem antes de dar a luz já conheciam todo o desenrolar da procriação.Hoje em dia os conhecimentos não são mais transmitidos dentro da família. A transmissão do conhecimento passou a ser teórica, onde não há espaço para troca de experiências. O casal tem o seu bebe com pouca ou nenhuma ajuda da comunidade e nem precisa, temos os livros, os médicos , as babás, etc.
Frente a tudo isto a amamentação hoje, deve ser ensinada e facilitada.
É preciso sim o conhecimento das vantagens do leite materno para o bebe, da importância do contato físico do corpo do bebe com o seio materno e da proteção para a saúde do bebe que o leite fornece. Mas é preciso também o apoio facilitador.

Existem “10 mandamentos“ para conseguir amamentar:
1- A mãe precisa querer amamentar seu filho
2- Precisa preparar o seio , com a ajuda do seu obstetra
3- Precisa amamentar logo após o nascimento para facilitar a descida do leite
4- Precisa contar com a ajuda do pai estimulando, elogiando e facilitando nas madrugadas.
5- Precisa contar com a ajuda das avós , proibindo-as de falar em leite fraco, pouco leite ou exemplos de quem não conseguiu
6- Necessita ser elogiada pelo seu empenho pelo seu pediatra, sua família e amigos
7- Que a mãe seja capaz de pedir ajuda quando precisar
8- Não pode oferecer água, chazinho ou mamadeira, porque o bebe passa a recusar o seio
9- Quanto mais o bebe suga mais leite se forma e mais leite desce
10- Quanto mais líquidos , água, sucos , chás e frutas a mãe ingere mais leite se forma

É necessário entender que amamentar não é fácil, dá trabalho, faz suar, cansa , mas pode se tornar prazeroso para mãe e filho passado os primeiros dias de dificuldade. Amamentar não é apenas colocar os peitos para fora e por o bebe no colo e esperar que ele preencha o vazio do estomago. Seria fácil se fosse assim, mas não é. Para amamentar é necessário dedicação. È preencher um outro vazio , alem do estomago, alem de saciar a fome do bebe. Amamentar é ensinar a um bebe que chegou ao mundo, que ele tem lugar e cuidado, que ali, no seio, ele sacia sua fome, se abriga, se aquece e se conforta. É ensinar a esse bebe um sentimento de ter lugar.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

para pensar

Compreender que há outros pontos de vista, é o início da sabedoria.
Joseph Campbell

Pensemos a respeito....todos os dias

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Amar a vida

Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

Cora Coralina

Graça tem viver diferente cada dia que parece igual.
É tarde. Tarde do dia , com céu vermelho a anunciar a noite . Tarde no tempo para permanecer ao léu sentindo a brisa morna a me envolver. Tarde na disposição para se levantar e sair. O vermelho se acentua e se mescla com o cinza azulado pedindo que me vá. Resisto. Vou esperar as primeiras estrelas, aí me vou. As estrelas são mágicas, como pedaços de brilhantes no veludo azul do céu, mas o que me fascina é a lua, não o astro visitado pelo homem, mas o local mágico dos sonhos que me desperta o desejo de sonhar. No começo da noite a lua cheia ao subir é linda e me emociona , me remete à adolescência, aos longos períodos de devaneio ao luar...
A lua sobe e se rodeia das estrelas, no fundo azul quase negro, iluminando o céu. Com o passar dos anos perdi parte do habito de usar um pouco do tempo para sonhar , olhar o céu , as nuvens, um tempo para não se fazer nada , um tempo sozinha.
Para amar a vida é preciso tempo e dedicação, é preciso “enxergar” a vida pulsando no sol do dia, no negro da noite, no brilho das estrelas, no fascinante luar, na brisa do vento, para podermos também enxergar a vida no sorriso do amigo, no beijo dos filhos, em todo e qualquer “simples dia”. É preciso se amar.


...numa linda praia isolada...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

18 de outubro

Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.

Confúcio

Como ainda sou jovem na profissão , somente 33 anos e 11 meses, ainda estou aprendendo e estudando e tentando crescer.
Apenas gostaria neste dia de manter ainda a esperança de ver a Medicina resgatada em seu valor, sua dignidade e sua importancia.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O que dá sentido à vida

"Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina".
Cora Coralina

A maturidade nos faz ver a vida com outros olhos. São os olhos da experiencia, da paciencia e da compreensão. Feliz aquele que adentra a meia idade ainda com o coração jovem, que vê a vida de uma maneira luminosa, em todo seu esplendor. Ana Helena


"Todos estamos matriculados
na escola da vida,
onde o mestre é o tempo".

Cora Coralina

sábado, 15 de outubro de 2011

DIA DOS PROFESSORES

Estar escrevendo o livro de memorias da familia me fez debruçar de maneira minuciosa sobre a historia de vida de Professor Krisam , meu pai. Ele sempre foi um apaixonado mestre, professor e diretor durante toda a sua vida. Nunca se conformou com a mesmice ou com a rotina. Ele cresceu um colegio, respeitou a cultura e as diferenças. Sempre amou a profissão.
Este discurso de nomeacao de um colegio com o seu nome, ato ja revertido politicamente ha alguns anos, demonstra um pouco o que ele era. Nao é apenas a filha orgulhosa escrevendo . A memoria de seu trabalho atravessa os anos , desde a sua partida. Nao perde nem a força nem a importancia. Ele mudou a vida de muitos jovens, deu sentido e significado. Esta é a função de um mestre. Se o mestre, se o professor,ama o que faz, ele faz diferenca.
Feliz dia dos professores, voces merecem nossa admiração,e nosso respeito .

Discurso proferido pelo professor Luiz Gonzaga dos Santos, carinhosamente chamado de Lugo, na cidade de Presidente Prudente, em 16 de dezembro de 1981, na cerimônia de nomeação da escola com o nome de Krisam Martin como seu patrono.
“Nos últimos anos Presidente Prudente viu varias de suas escolas receberem nomes de professores do antigo I.E. “Fernando Costa”: Maria Luisa Bastos, Hugo Miele, Placidio Braga Nogueira, e João Ceribeli Paca. Um seu dedicado funcionário, João Sebastião Lisboa, é patrono de outro estabelecimento. O criador do antigo Ginásio do Estado Dr. Domingos Leonardo Cerávolo, dá nome a outra unidade.
Hoje, neste educandário prestam-se homenagens a Krisam Martin, a partir de agora seu patrono.
Krisam Martin, nascido em 1907, em Mertesdorf, na Alemanha, lá fez o curso primário e o secundário. Entre 1929 e 1932 freqüentou a Faculdade de Filosofia e de Teologia em Trier. Justamente nos anos que antecederam a implantação do regime nazista. Era amigo pessoal de Faulhaber, o cardeal que mais se opôs ao Nacional – Socialismo de Adolf Hitler. Foi líder atuante da Juventude Católica, principal obstáculo à expansão do Nazismo.
Por sua participação marcante na defesa da Democracia e dos Ideais Cristãos, foi preso e repetidas vezes severa e cruelmente interrogado pela Gestapo. Conseguiu escapar, como inúmeras vezes me narrou, atravessando a fronteira a pé, em noite de tempestade, com ajuda da comunidade católica.
Ainda moço chegou ao Brasil e se naturalizou. Foi residir em Itaporanga, onde se dedicou à agricultura e a aulas particulares de matemática.
Transferiu-se para Lucélia e chegou a Martinopolis, sempre como professor de Matemática e de Frances.
Em 1955, aprovado no concurso de Ingresso na disciplina de Frances, efetivou-se no então I.E. “Fernando Costa” de nossa cidade.
Desde janeiro de 1964, ate sua aposentadoria, respondeu pela direção daquele estabelecimento.
Foram 14 anos que marcaram e definiram uma administração como pioneira em vários sentidos.
Seu predecessor, o Professor Luiz de Carvalho Gomes, anos antes tomara uma iniciativa que depois foi incentivada pela Secretaria de Educação: a implantação das extensões, as chamadas “filiais”.
Na época o Curso Primário tinha 4 anos de duração. O secundário, com o ginásio e o colégio somados, sete. Como os prédios do Primário ficavam totalmente ociosos à noite, e por vezes parcialmente no período diurno, Luiz de Carvalho Gomes iniciou a ocupação dos espaços vazios. Esta política educacional foi corajosamente desenvolvida e ampliada por Krisam Martin. Prudente chegou a sediar o maior colégio oficial da America Latina, com mais de 7000 alunos. Cada Unidade passou a ter um assistente de Direção, sob a direção responsável de Krisam Martin. Foi ele quem massificou a Educação, quem quebrou o elitismo que caracterizava o Ensino Oficial.
Milhares de jovens, passaram a ter condições de estudo à noite. Se puderam realizar o Curso Secundário e tantos e tantos ate concluíram o Superior deve isso à coragem e à visão social desses dois Educadores.
Recentemente o Comandante do 18* Batalhão de Policia Militar, o Major Edson Gonçalves, afirmou em palestra que o índice de criminalidade em P. Prudente é mais baixo do que em qualquer outra sede de Região Administrativa. Chega à metade e ate a terça parte de outras cidades de igual porte. Nós acrescentamos com toda segurança que isso se deve a essa sistemática educacional implantada aqui no inicio da década de 60. As salas de aula, povoadas de alunos, à noite, em todos os bairros de nossa cidade, garantiram a presente situação. Quantos que se firmaram ao lado do Bem e da Virtude, escapando do crime e da prostituição- e talvez nem o saibam hoje – porque a escola oficial e gratuita abriu para eles todos, indistintamente, suas portas e suas salas.
Tirou-os da vadiagem das ruas e da promiscuidade dos barracos e por quatro horas diárias, colocou-os sob a orientação dos professores. Confirmava-se , a cada dia, que a Educação é o maior investimento que o Estado pode concretizar.
Krisam Martin implantou também a descentralização administrativa: repartia atribuições com professores e funcionários – e neles confiava. Alem da eficaz Assistente de Direção, Professora Mirela Pesce Desideri, havia, entre tantos outros , o grande Aristeu Santos de Oliveira, supervisor do Pluri. Grupos de professores eram responsáveis pela analise de transferência de alunos, pela limpeza e conservação do prédio, pelos jardins e pátios, pela cantina , pelos laboratórios e pela biblioteca. Um grupo se encarregava de ajudá-lo na disciplina.
Tendo sofrido prisão política e tortura na juventude, vivenciou bem o pensamento de um filosofo seu conterrâneo: “Toda canção de liberdade vem do cárcere”. Na direção , sua primeira preocupação foi abrir os portões do I.E. , aos alunos, incentivando-os à liberdade com responsabilidade. Sempre tratou os alunos , professores e funcionários como gente.
Apenas dois meses e meio após sua designação para diretor do I.E. , deu-se o movimento de 31 de março de 1964. Diante da onda de boatos de que professores da sua escola seriam presos, Krisam procurou pessoalmente as autoridades policiais e se responsabilizou por seus professores e funcionários. Tinha plena consciência de que tal atitude poderia custar-lhe o cargo, mas a tomou e a sustentou. Na idade madura, aos 60 anos, mantinha viva e bem acesa as chamas de ideais de jovem.
A preocupação de muitos profissionais é esquecer a repartição quando dela saem ao final do expediente diário. Krisam alugou uma casa velha e humilde, bem ao lado de sua escola, para nela residir e sentir mais de perto seus problemas, suas necessidades e suas angustias.
É por isso, dona Leonor Marcondes de Oliveira Krisam, que seu marido foi tão amado pelos que com ele conviveram. Mesmo tendo deixado Prudente, para ficar próximo das filhas, genros e netos, Krisam jamais foi esquecido.
O dar seu nome a uma Escola, é apenas o reconhecimento material dos sentimentos íntimos de gratidão da comunidade da Alta Sorocabana ao diretor, ao professor e principalmente ao ser humano que foi Krisam Martin.
Senhor diretor, professor Reinaldo Lourenço Siqueira, expresso minha alegria e agradecimento pela oportunidade de tentar traçar um breve perfil do Patrono.
A Familia do homenageado, pela viúva, dona Leonor, pelas filhas Maria Catarina, Ana Helena e Elisabeth, pelos demais parentes e afins, pediu-me que em seu nome externasse sua gratidão a todos os responsáveis por esta homenagem. Ao Deputado Walter lemes Soares, autor do Projeto, ao ex-vereador Jose Alves Sobrinho, ao diretor, aos professores, aos funcionários e aos alunos deste Educandario. Esta Escola , situada em bairro humilde e de trabalhadores, - como humilde e trabalhosa foi a vida do Patrono- temos a convicção , muito honrara a sua memória.

Presidente Prudente , 16 de dezembro de 1981.

Professor Krisam
Professor Krisam e Professor Lugo- Luiz Gonzaga

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

VIDA DE ADULTO

Vida de adulto
Às vezes me pergunto o que é crescer ?
Uma amiga, colega de trabalho me pergunta um dia: você anda na rua falando sozinha? Eu? Será? É, pensando bem eu falo e converso comigo enquanto passeio sozinha. Nunca pensei nesta atitude de falar sozinha como algo estranho, para mim é normal. Como acho normal tomar sorvete de casquinha, tomar suco andando na rua, cantarolar, rir de coisas engraçadas, olhar os passarinhos. Eu acho normal rir de pequenas coisas, fazer caretas no espelho, admirar crianças brincando.
Eu trabalho com crianças e tenho 3 filhas, sobrinhos e sobrinhas algumas de família, outras de empréstimo. Tenho hoje uma neta postiça. E tenho um gato e uma cachorrinha. Eu sou plena de motivos para me considerar “louca” o suficiente para rir da vida.
Que culpa tenho eu de gostar de pipoca, de rir alto, de amar poesias, de gostar de desenho, tanto de desenhar como de desenho animado na TV, de ler gibi. Eu também gosto de correr na chuva, mexer com barro (de maneira adulta com argila, obvio). Gosto de musicas , tanto das clássicas como de varias outras opções.
Eu também tenho o outro lado, serio, de responsabilidades, de família, de profissão, de ler (que gosto muito), ter minhas próprias idéias, e ate ser séria quando necessário.
Mas se eu misturo os meus dois lados me taxam de doida, e me mandam crescer.
Mas eu não quero crescer, não este crescer que anula a criança que teima em continuar viva dentro de mim. Sem isto a vida não vale à pena.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dia das crianças

TODO DIA
Dia de criança

Dia de criança é todo dia,
é toda lua,
é toda rua
para brincar.

Dia de criança
é todo sol,
é todo rio,
barquinho inventado
pra navegar.

Dia de criança
é toda pipa
rasgando o céu,
é tudo o que está
e não está
atrás do véu
e atrás da cortina,
andar feito bailarina
sobre os anéis de Saturno.

Dia de criança
é todo dia
até a gente ficar bem velhinho,
de bengala e neto no colo.

Dia de criança
é todo dia
e todo dia
é de poesia.

Autora: Roseana Murray

Dia das crianças é todo dia. ë dia de brincar, é dia de ler e estudar, é dia de viajar, é dia de passear. Mas dia das crianças tambem é dia dos pais, todo dia é dia de cuidar, dia de proteger, dia de acalentar, dia de ensinar, dia de corrigir, dia de elogiar e dia de amar.

Um beijo grande em todas as crianças da minha vida.

sábado, 8 de outubro de 2011

saudades

De tempos em tempos a saudade aumenta... A relaçao de duas irmãs é algo que nao se descreve , se vive. Teve muitos momentos de companheirismo, de brigas, de torcer o mindinho e ficar de "mal a morte"e destratar meia hora depois para se brincar juntas de novo.
A diferença sempre existiu , uma gosta de festas sem fim , a outra de pensar e sossego, uma gosta de roupas loucas e mini saia , a outra é hippie. Mas juntas conseguem rir da vida, compartilhar e brigar, é logico.
O tempo as separa e sempre nos reencontros é como se voltasse à infancia, com muita brincadeiras e risadas. Separa de novo, vem as filhas , a correira do trabalho. A maturidade traz de volta o desejo de mais reencontros e de tornar mais leve e brincalhona a convivencia. É como retornar no tempo, sem voltar atras e poder irmanar de novo.
Que saudades
Duas poesias, uma que é uma perola de musica , sempre vao nos relembrar nossa irmandade
"Aquarela"- eu pinto e voce ama
Aquarela
Toquinho

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Brando navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)


E uma poesia que fala da vida
Ai daqueles
que se amaram sem nenhuma briga
aqueles que deixaram
que a mágoa nova
virasse a chaga antiga

ai daqueles que se amaram
sem saber que amar é pão feito em casa
e que a pedra só não voa
porque não quer
não porque não tem asa

Do Leminski
Ana e Beth

Um gostoso reencontro
saudades...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

“Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Por que quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de se envergonhar ou de errar – isto tudo cai diante da face da morte, restando apenas o que realmente é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira para eu saber evitar em pensar que tenho algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração.”
Steve Jobs (1955-2011) - discurso proferido durante formatura em Stanford, 2005
Eu acho muito importante meditar sobre este pedaço do discurso. A nossa vida é breve, muito breve, sem previsao da data do termino. Viver encontrando sentido em nossas escolhas é a unica maneira de viver bem. Viver bem nao é sinonimo de felicidade. Viver bem é a capacidade de vivenciar e suportar as alegrias, as tristezas,e as turbulencias do dia a dia. E ter uma soma positiva de bons momentos.
Pensando bem, nao ha razao para nao seguir o seu coração.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Imagine

Imagine
Ouvindo novamente esta magnífica musica (a letra em inglês parece mais intensa, mas da pra se emocionar também com a tradução) me lembrei dos jornais que tenho assistido por meia hora todas as manhãs. É uma seqüencia de desgraças, guerras, disputas, acidentes, homicídios. A guerra de um país para ser reconhecido, a luta de varias nações para salvar a finança de outra, e a África pobre, esquecida, morrendo de inanição. Morre-se e mata-se por uma divisão de terra, por intolerância religiosa, por vingança e por ganância desenfreada.
A solidariedade saiu da moda. A caridade precisa de reconhecimento e status. A religião deixou de ser um estudo e mergulho na fé para ser uma disputa: a minha melhor que a sua, posso ganhar, tenho que pagar...Nao é de se estranhar que gere tantas guerras.
Eu não acredito que o mundo algum dia será um só, mas poderia ser só um pouquinho mais justo e fraterno...
Imagine
John Lennon
Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will live as one

Imagine que não há nenhum paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno debaixo de nós
Acima de nós, só o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje...

Imagine que não há países
Não é difícil fazê-lo
Nenhum motivo para matar ou morrer
E nenhuma religião, também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz...

Tu podes dizer que sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia te juntes a nós
E o mundo será um só

Imagine nenhuma posse
Que maravilha se você conseguir
Nenhuma necessidade de ganância ou fome
Em uma fraternidade de homens
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo...

Podes dizer que sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia te juntes a nós
E o mundo será um só
Utopia - foto retirada da net

Luta e violencia: ao vivo no seculo I e 20 seculos depois ao vivo na TV e na net