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domingo, 7 de agosto de 2011

Horizonte perdido

HORIZONTE PERDIDO

                Este final de semana eu reli um livro que achei nos meus guardados. Fazia bastante tempo que não o relia, acho que esta é a quarta ou quinta releitura. Eu realmente li pensando no porque de tanto interesse em um livro. O livro chama-se Horizonte perdido de James Hilton.
                Este livro é sobre um mosteiro em um vale, de nome ShangrI la, onde há longevidade. Não é tão simples assim, é um lugar paradisíaco entranhado nas montanhas geladas do Himalaia, não tenciono contar a historia porque o leitor tem direito a descobrir no decorrer do livro. O que quero trazer aqui é o sentido de tempo, o que faz este livro ser tão interessante.
                No livro James Hilton cria uma utópica localidade, um lugar mágico entre as belíssimas e inacessíveis montanhas congeladas do Tibet, onde pessoas de diversas nacionalidades vivem de forma livre e desabusada, partindo do princípio do uso da moderação em todas as suas atividades e atitudes.
                Em diversas fases da minha vida eu o reli , e este clássico , já filmado e refilmado , sempre me faz repensar como estou lidando com o tempo. Que valor eu dou aos meus desejos, me dando um tempo, desligando a televisão e indo atrás do que gosto. Que valor eu dou as minhas prioridades, sobre a prioridade dos outros? Qual é o sentido, de mesmo cansada ler os emails e navegar nos noticiários? Qual de nos em algum momento da vida não sonhou em encontrar um local de tranqüilidade e paz como Sangri-la onde poderíamos viver muito e sempre  feliz?
                Eu sempre encontro parte do Shangri La dentro de meu coração, e o livro me relembra o caminho.
                Eu às vezes me percebo vivendo de maneira intensa e estressante , mesmo fora do horário de trabalho, vendo as noticias ansiosamente, acessando a net apenas para ver as noticias e emails. Se percebo paro e repenso. Porque tenho que ver as desgraças mundiais hoje? Porque preciso saber a cotação do dólar se não o uso?
                Neste livro tem um dialogo que me responde tudo isso. Conway pergunta dos jornais e revistas atuais e Chang do mosteiro diz que tem de 40 anos antes. Como ? responde Conway. Chang completa, não há nada que não possa esperar 20 anos para ser lido, ou não possa ser melhor entendido após 40 anos...
                Ler sobre a vida , escutar, ouvir é parte de nossa vida, mas não devemos nunca esquecer  que viver a própria vida é só o que importa...
                Eu aprendi que não preciso de estar no Himalaia, eu sempre posso encontrar meu horizonte em uma viagem que fez parte  dos meus sonhos....


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