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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

VIDA DE ADULTO

Vida de adulto
Às vezes me pergunto o que é crescer ?
Uma amiga, colega de trabalho me pergunta um dia: você anda na rua falando sozinha? Eu? Será? É, pensando bem eu falo e converso comigo enquanto passeio sozinha. Nunca pensei nesta atitude de falar sozinha como algo estranho, para mim é normal. Como acho normal tomar sorvete de casquinha, tomar suco andando na rua, cantarolar, rir de coisas engraçadas, olhar os passarinhos. Eu acho normal rir de pequenas coisas, fazer caretas no espelho, admirar crianças brincando.
Eu trabalho com crianças e tenho 3 filhas, sobrinhos e sobrinhas algumas de família, outras de empréstimo. Tenho hoje uma neta postiça. E tenho um gato e uma cachorrinha. Eu sou plena de motivos para me considerar “louca” o suficiente para rir da vida.
Que culpa tenho eu de gostar de pipoca, de rir alto, de amar poesias, de gostar de desenho, tanto de desenhar como de desenho animado na TV, de ler gibi. Eu também gosto de correr na chuva, mexer com barro (de maneira adulta com argila, obvio). Gosto de musicas , tanto das clássicas como de varias outras opções.
Eu também tenho o outro lado, serio, de responsabilidades, de família, de profissão, de ler (que gosto muito), ter minhas próprias idéias, e ate ser séria quando necessário.
Mas se eu misturo os meus dois lados me taxam de doida, e me mandam crescer.
Mas eu não quero crescer, não este crescer que anula a criança que teima em continuar viva dentro de mim. Sem isto a vida não vale à pena.

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