Total de visualizações de página

sábado, 8 de outubro de 2011

saudades

De tempos em tempos a saudade aumenta... A relaçao de duas irmãs é algo que nao se descreve , se vive. Teve muitos momentos de companheirismo, de brigas, de torcer o mindinho e ficar de "mal a morte"e destratar meia hora depois para se brincar juntas de novo.
A diferença sempre existiu , uma gosta de festas sem fim , a outra de pensar e sossego, uma gosta de roupas loucas e mini saia , a outra é hippie. Mas juntas conseguem rir da vida, compartilhar e brigar, é logico.
O tempo as separa e sempre nos reencontros é como se voltasse à infancia, com muita brincadeiras e risadas. Separa de novo, vem as filhas , a correira do trabalho. A maturidade traz de volta o desejo de mais reencontros e de tornar mais leve e brincalhona a convivencia. É como retornar no tempo, sem voltar atras e poder irmanar de novo.
Que saudades
Duas poesias, uma que é uma perola de musica , sempre vao nos relembrar nossa irmandade
"Aquarela"- eu pinto e voce ama
Aquarela
Toquinho

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Brando navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)


E uma poesia que fala da vida
Ai daqueles
que se amaram sem nenhuma briga
aqueles que deixaram
que a mágoa nova
virasse a chaga antiga

ai daqueles que se amaram
sem saber que amar é pão feito em casa
e que a pedra só não voa
porque não quer
não porque não tem asa

Do Leminski
Ana e Beth

Um gostoso reencontro
saudades...

Nenhum comentário: