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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Limites: uma questao de amor

Limites: uma questão de amor As crianças destas gerações mais recentes têm sido vitimas da “modernização” da educação familiar. Esta modernização não tem alcançado o objetivo desejado e as crianças acabam sofrendo seu efeito. Para que a criança tenha um ambiente tranqüilo, que permita seu pleno desenvolvimento é necessário que exista equilíbrio, equilíbrio que deve permear todas as normas, orientações e cuidados. Na educação antiga a criança era tratada sem grande consideração. A decisão era autoritária, suas idéias não tinham valor, criança não podia questionar ou perguntar por que, às vezes nem eram ouvidas. O poder da mãe e principalmente o poder do pai era inquestionável. As regras eram absolutas, estas regras eram impostas e era cobrado da criança um comportamento de adulto. “Criança não fala, criança não questiona normas, criança não opina”. Eram tratados como adultos pequenos, mas adultos sem direitos. A sociedade mudou e apareceu a necessidade de uma mudança na estrutura familiar. Os papeis já não eram tão rígidos e determinados, as mães saiam para trabalhar, as responsabilidades financeiras e da casa passaram a serem divididas, os pais começaram a ter lugar na educação dos filhos. As novas famílias se rearranjaram, com separações, novos casamentos e a educação das crianças sendo divididas com avós, babás, escolinhas, madrastas e padrastos. Estas modificações se deram em um período curto de tempo e a família não tinha uma nova “receita” de educação. A criança agora pode tudo, o poder passou aos filhos, eles ditam as regras. “Quero que meu filho tenha tudo que eu não tive”, uma das frases mais ouvidas no nosso tempo também traz o excesso: a criança tem tudo o que quer , quando quer, faz seus horários, e conquista na birra. Ficou bastante complicado. Educação moderna tem suas vantagens, a criança pode e deve ser ouvida, pode e deve opinar, deve conhecer sua historia e participar de decisões, como mudanças de escola, novos horários, ou dia especiais de ganhar presente. Porem isto não pode implicar em liberdade total e falta de limites e regras. As regras e limites devem estar presentes, é importante que a criança conheça as normas que vão nortear sua educação, os valores em que os pais acreditam e o que compete a ela. A falta de limites provoca insegurança na criança. Em cada idade os limites se modificam, os horários podem se tornar mais maleáveis e a participação da criança nas decisões se torna maior. A forma de implantação dos limites depende de cada família e ate pode ser negociada dentro de certos parâmetros pelos filhos. Equilíbrio é a palavra chave. Equilíbrio entre o que pode e o que não pode. Equilíbrio entre direitos e deveres. Equilíbrio este que mostra a criança que ela tem lugar nesta família, que papai e mamãe se importam com ela e que ela pode contar com eles. Os limites mostram a criança que caminho ela pode trilhar, e os limites não podem ser regras rígidas, modelos de livro, devem ser pensados e repensados a cada passo do desenvolvimento da criança. Educar dá trabalho, mas traz recompensas. Pense nisso

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