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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Gracila

Gracila

A cada dia que passo eu repenso meus conceitos e pré... conceitos.
A viagem foi tranqüila na estrada, com o tempo nublado a estrada estava vazia e a paisagem como sempre me fascina. Eu adoro dirigir em estrada. Não gosto nem de ouvir musica, gosto de ir olhando a paisagem, me deliciando com as imagens.
Esta viagem é mais uma vez para fazer compras no Paraguai. Eu gosto muito. Eu realmente me divirto.
Nesta viagem após andar bastante e comprar um pouco, saímos à tarde para passear. Encontramos uma praça com um lago e pedalinhos em forma de cisne.
Após o passeio de pedalinho, que merece um momento especial para descrevê-lo, após um banho de chuva torrencial, tomamos um banho e voltamos para tomar um sorvete. Ao lado da sorveteria tem uma loja de artesanato e eu, como sempre, não resisto à idéia de comprar algo para minha casa.
Andando pela exposição das peças de barro na parte externa da loja, vejo vasos e estatuas. Os vasos e estatuas são peças conhecidas e de pouco interesse. Acha-se em qualquer lugar.
Ai na parede exterior da casa eu vejo algumas peças rústicas, de barro, parecendo serem totalmente artesanais. São sois, luas e estrelas. Eu me virei para procurar alguém e perguntar o preço e levei um susto. A menos de um passo atrás de mim esta uma adolescente de uns 13 anos. Uma jovem paraguaia muito bonita, de traços suaves e delicados e uma voz melodiosa. Eu pergunto o preço e ela me responde e silencia. Nova pergunta nova resposta. Eu continuo olhando e ela me diz: tengo La artesania en el Paraguay sus. Eu demorei para entender e ela repetiu em meio espanhol, meio portugues.
Eu entrei, e fiquei extasiada. Existia dentro da casa inumeras peças de artesanato em barro, algumas belissimas.
Eu me encantei com 2 quadros de barro , rusticos, feitos a mão. Um deles retratando um trem no interior do Paraguai e outro retratando uma menina fazendo chipa como me diz Gracila.
Ela perdeu sua timidez frente a mina curiosidade e me contou sobre estas peças. Ela me disse que fazem em um vilarejo , na estrada que leva a Ipacaray. O vilarejo temu m bom barro e la tem uma cerámica. As mulheres utilizam as sobras e fazem estas peças. Ai eu entendí porque nao ha duas iguais!
As peças contam a historia do interior do país. Eu me emocionei com o entusiasmo da Gracila.
Eu realmente fiquei com vontade de conhecer um pouco mais deste país.
Comprei as duas peças e ganhei de brinde um carinhoso abraço.

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