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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A viagem do elefante

A viagem do elefante

Eu gosto muito de ler. Eu leio muito.
Eu só me lembro de 3 situações em que parei a leitura de um livro sem finalizar. O primeiro livro que eu abandonei, sem finalizar, eu ainda tenciono reler um dia, os outros dois , eu realmente não me arrependo de ter parado a leitura, nem de ter doado o livro.
Ler é sempre, para mim, uma aventura. Ler é como viajar, conhece-se coisas novas, lugares novos, novas pessoas.
Há meses atrás eu comprei um livro de um autor que eu adoro, Saramago. O livro é “A viagem do elefante”. Saramago sempre surpreende , a narrativa sempre me prende, vou acompanhando interessada e curiosa pela próxima pagina.
Com este livro, embora fosse prazeroso de ler em seu inicio, eu empaquei, não conseguia passar da metade. Por varias vezes eu parei, tinha que recomeçar varias paginas antes. Ai eu parei. Disse a mim mesma , chega, vou dar um tempo.
Passaram-se algumas semanas e ai , em uma chuvosa tarde, de um preguiçoso sábado, retomei desde a primeira pagina , a leitura da viagem do elefante.
Eu finalmente consegui entrar no livro. Eu realmente e literalmente entrei na historia e consegui iniciar a “viagem do elefante”. A leitura fluiu porque foi fácil, desta vez, estar lá, viajando, sentindo o vento, vendo o caminho, imaginando e criando ao ler as paisagens os locais e o elefante, lógico.
Ë um bom livro, uma leitura mais leve do que habitualmente é a obra de Saramago. É uma leitura menos densa , mas não menos interessante.
Ufa! Terminei o livro.

“A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:
“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.”
Saramago
“’ Sempre acabamos por chegar aonde nos esperam".
Finalmente este livro conseguiu ser para mim “uma viagem”.

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